O vice-presidente Michel Temer planeja anunciar nesta quinta-feira, 12, ao País seu projeto de governo, que terá entre as principais promessas a retomada do crescimento econômico e a abertura de um grande diálogo nacional como antídotos contras as graves crises política e econômica.
Temer passou a quarta-feira, 11, reunido com assessores, conselheiros e parlamentares ajustando os detalhes do pronunciamento que deverá fazer nesta quinta, após a confirmação do afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado. O plenário da Casa encerrou no início da manhã desta quinta-feira, 12, a votação do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment com base nas pedaladas fiscais (manobras contábeis condenadas pelo Tribunal de Contas da União) e nos decretos de crédito suplementar sem aprovação do Congresso.
Foram 55 votos a favor do afastamento, 22 contra e três ausências. Era necessária maioria simples, 41 votos, para aprovar a admissibilidade do processo e afastar a presidente. Ao final do processo, são necessários dois terços dos votos, ou 54, para confirmar a saída da petista.
A economista Dilma Vana Rousseff, de 68 anos, assumiu a Presidência da República pela primeira vez em 1º de janeiro de 2011 e foi reeleita, em vitória apertada sobre Aécio Neves (PSDB), em outubro de 2014.
Acossada pela oposição e pela Operação Lava Jato, que investiga desvios e corrupção na Petrobrás, a petista não reuniu apoios políticos suficientes para barrar o avanço do impeachment e, em dezembro de 2015, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou o pedido assinado pelos advogados Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal e pelo promotor Hélio Bicudo. O afastamento marca o fim da Era PT no Palácio do Planalto.
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