Em documento apresentado ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, centrais sindicais pedem que a Corte suspenda o porte de armas para todos os civis que não participem do sistema de segurança das eleições, bem como as atividades dos clubes de tiro, de reuniões, treinamento e competição de tiro no mínimo três dias antes e depois do primeiro e segundo turno.
O pedido foi entregue a Morais pelos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que se reuniram com o ministro em Brasília nesta terça-feira, 27.
O texto também pede que o TSE mobilize todo o aparato de segurança durante as eleições deste domingo, 2. “As centrais sindicais, tendo em vista os inúmeros episódios de violência, inclusive armada e acarretando mortes, durante o processo de campanha eleitoral, apresentam sua preocupação com a segurança das pessoas que trabalharão no dia das eleições, em especial os mesários”, diz trecho do documento.
Diariamente, “somos informados pela imprensa e redes sociais que cidadãos, militantes e ativistas foram agredidos ou assassinados” por causa dessa agressividade que “é incentivada por lideranças políticas que fomentam o uso da força, de atitudes agressivas e de armas”, destacam os movimentos.
Entre as demandas, pedem o reforço especial no sistema de segurança para todos os que trabalham nas regiões/zonas de votação (servidores e mesários) e aos próprios eleitores; mobilização de todo o aparato de segurança (nacional, estadual e municipal) em torno de um plano de proteção e segurança; manutenção de plantão dos órgãos que podem dar suporte ao combate à violência, fazer o monitoramento da situação e dos casos de violência e que sejam céleres em adotar medidas para punir os casos ocorridos, e a criação de um canal ao qual a população possa recorrer para denúncia de casos de violência durante as votações.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.