O diretório do União Brasil em São Paulo anunciou apoio do partido à candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo do Estado. O presidente estadual da legenda, Antonio Rueda, afirmou nesta quarta-feira, 5, que o apoio também se expande à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Tarcísio, os interesses do partido estão alinhados. “Esse time está à disposição do presidente para entregar em melhores mãos o governo de São Paulo”, afirmou Rueda, ao agradecer Tarcísio e o presidente. “Este apoio não é só a Tarcísio, mas também a Bolsonaro”.
Nos últimos dois dias, Tarcísio recebeu apoio dos diretórios estaduais do PP, MDB e quadros do PSDB. O candidato derrotado do Novo ao Bandeirantes, Vinicius Poit, também declarou voto.
O candidato ao governo paulista disse estar feliz com a parceria. “Temos um alinhamento programático”, destacou, complementando que quer “combater o PT em São Paulo e no Brasil”, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre ao segundo turno com Bolsonaro. “Vamos ter muito mais capilaridade”, disse, complementando que a campanha também está recebendo forte adesão de prefeitos.
Além do União Brasil, o ex-ministro também disse que “há conversas que estão andando muito bem com o Podemos”.
Questionado se estará ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB) na campanha, Tarcísio disse que ele “pode estar em alguns palanques e outros não”. Nesta terça-feira (4), o ex-ministro havia dito que não fazia sentido estar ao lado do tucano na campanha. Horas depois, porém, Garcia anunciou o apoio ao lado de Tarcísio.
Na campanha presidencial, Rueda afirmou que a ideia é levar o atual chefe do Executivo a cidades que Bolsonaro não foi no primeiro turno. O Estado é considerado crucial para as campanhas presidenciais no segundo turno.
Nesta semana, Rueda teve dois encontros com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o ministro Ciro Nogueira com quem discute uma possível fusão entre PP e União.
Para uma aliança com Bolsonaro vingar, o vice teria que convencer caciques do partido, entre eles o presidente, Luciano Bivar, e ACM Neto. Aliados de Bivar garantem que ele não aceitará apoiar Bolsonaro sob nenhuma hipótese. A dúvida para ele está entre permanecer neutro ou apoiar o PT. Já ACM Neto considera que não terá chances de vencer na Bahia se declarar ou se associar a Bolsonaro.
Enquanto isso, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm conversado com membros do União Brasil em busca de um acordo entre as legendas no segundo turno. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi destacado para tentar convencer a também senadora Soraya Thronicke, que ficou em quinto lugar na corrida presidencial.
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