União Brasil prepara expulsão de Chiquinho Brazão para se afastar de nova crise

Partido está em crise interna e busca se afastar de um novo problema; desligamento tem pouco efeito prático para deputado, que já havia pedido autorização ao TSE para se desfiliar. Ele foi preso no caso Marielle Franco, mas nega envolvimento com o caso

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Atualização:

BRASÍLIA – O presidente do União Brasil, advogado Antonio Rueda, vai pedir a expulsão do deputado Chiquinho Brazão (União-RJ) do partido, informou a equipe do dirigente neste domingo, 24. O parlamentar foi preso por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, o que ele nega.

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A previsão inicial era de que o encontro fosse na terça-feira, 26, mas integrantes da sigla querem resolver o caso o mais rápido possível. Por isso, marcaram uma reunião virtual para as 19h30 deste domingo. A expulsão tem pouco efeito prático para Chiquinho, mas ajuda o União, que está em crise, a se afastar de outro problema envolvendo um de seus integrantes.

“Essa é a ideia”, respondeu Rueda ao Estadão/Broadcast ao ser questionado se a decisão sobre expulsão e cancelamento da filiação do deputado sairá já na reunião de hoje.

O deputado Chiquinho Brazão (União-RJ) em discussão e votação de propostas na Câmara dos Deputados. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Mais cedo, a sigla ressaltou, em nota, que Brazão já havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar e que ele “não mantinha relacionamento” com a legenda. “O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, dizia o texto.

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A Câmara dos Deputados deve analisar em plenário a prisão de Chiquinho Brazão. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem agora 24 horas para comunicar oficialmente a prisão dele à Casa - o prazo termina nesta segunda-feira, 25.

O outro suspeito é o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio. Ambos foram alvo de operação da Polícia Federal.

Apesar de ser filiado ao partido, o suposto mandante não tinha relação com o partido e já havia pedido autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a sigla.

Chiquinho Brazão foi vereador do Rio de Janeiro por quatro mandatos, o último deles coincidindo com o de Marielle Franco, entre 2017 e a morte da vereadora, em março de 2018. Ele foi eleito deputado federal pelo Avante nas eleições 2022. Hoje, está no União Brasil.

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O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, nega a participação dele no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

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