Valdemar rejeita alianças do PL de Bolsonaro com o PT de Lula: ‘Somos oposição e assim seguiremos’

Na última semana, petistas também vetaram coligações com candidatos identificados com o bolsonarismo, mas sem veto explícito ao partido do ex-presidente

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Por Redação
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira, 4, que não existe qualquer hipótese de o PL, partido do qual é presidente e que tem Jair Bolsonaro como presidente de honra, se coligar com o PT nas eleições de 2024. Nas redes sociais, ele exaltou pautas conservadoras defendidas pela sigla para rechaçar qualquer aliança. O PT vetou coligações com bolsonaristas na próxima disputa, mas sem veto explícito ao PL, em meio a negociações para que antigos aliados do ex-presidente componham a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Que fique bem claro: não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT. Somos oposição e assim seguiremos”, afirmou Valdemar Costa Neto na rede social X, o antigo Twitter.

Valdemar Costa Neto rechaçou a hipótese de que o PL possa firmar alianças com o PT na próxima disputa eleitoral, em meio a rumores de aproximação em alguns Estados Foto: Alex Silva/Estadão

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O presidente do PL, um antigo aliado de Lula, vinha sendo pressionado por aliados nos últimos dias, após rumores de que a sigla poderia negociar apoio aos petistas em Estados do Nordeste, onde a força da esquerda é mais proeminente.

“O Partido Liberal valoriza a família, a liberdade de expressão e sentimos orgulho do nosso país quando ouvimos o hino nacional. É por isso que o povo brasileiro fez do PL o maior partido do país”, afirmou ele.

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“Que fique bem claro: não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT. Somos oposição e assim seguiremos”

Valdemar Costa Neto, presidente do PL

No último dia 30, o PT publicou resolução para as eleições de 2024 vetando apoios a candidatos “identificados ao projeto bolsonarista”, mas sem vetos diretos ao PL. Segundo a legenda, um dos objetivos da corrida eleitoral do ano que vem é preparar as bases para uma nova vitória de Lula dois anos depois, o que passaria por alinhar apoios em diversos setores da sociedade.

“O PT nesse terceiro governo Lula prepara as bases não apenas para um quarto governo Lula, cuja eleição de 2024 é um momento essencial, mas deve buscar consolidar um amplo bloco de alianças na sociedade”, afirma um dos tópicos do documento petista.

Ex-aliados de Bolsonaro se aproximam de Lula

A posição do PL de manter distância do PT se dá no momento em que outros aliados do bolsonarismo no Congresso se aproximam de Lula em meio às negociações para uma reforma ministerial. Embora tanto o comando do PP quanto do Republicanos rejeitem qualquer aliança formal com o governo, integrantes dos dois partidos estão em processo de embarque na gestão petista. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) inclusive já foram confirmados como futuros ministros pelo titular das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, faltando apenas a confirmação de quais pastas vão ocupar.