A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, 19, mostra trocas de mensagens entre os suspeitos e detalhes do plano golpista, que envolvia o planejamento do assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do próprio Moraes.
“Os elementos trazidos aos autos comprovam a existência de gravíssimos crimes e indícios suficientes da autoria, além de demonstrarem a extrema periculosidade dos agentes, integrantes de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de violência, com monitoramento de alvos e planejamento de sequestro e, possivelmente, homicídios do então Presidente do Tribunal Superior Eleitoras (TSE) e Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), do Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva e do Vice-Presidente eleito, Geraldo Alckmin”, diz trecho da decisão.
Segundo o relatório de 74 páginas, os envolvidos criaram um grupo denominado “copa 2022″ para tratar do crime e receberam um codinome associado a países – Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana – para não revelarem suas verdadeiras identidades.
Os presos foram Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), três “kids pretos”, que são militares do Comando de Operações Especiais do Exército, e um policial federal.
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