Vereador do Paraná é preso por suspeita de envolvimento em atentado com coquetel molotov

Parlamentar foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira, investigado pelos crimes de furto, ameaça, extorsão, roubo e associação criminosa em investigação sobre supostos desvios de valores em clube social da cidade; câmara municipal reforça que investigação não tem nada a ver com atividade parlamentar

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Foto do author Karina Ferreira

A Polícia Civil de Francisco Beltrão, cidade paranaense a 470 quilômetros da capital Curitiba, cumpriu seis mandados de busca e apreensão e realizou prisões na manhã desta sexta-feira, 28. Um vereador, que não teve o nome oficialmente divulgado, foi preso temporariamente durante as diligências. A operação investiga supostos desvios de valores de um clube social da cidade, o Marrecas Clube. Há denúncias de atendados com artefatos incendiários contra membros do conselho deliberativo do clube.

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Além do vereador, uma pessoa que presta serviços ao clube também foi presa. Os investigados são suspeitos de furto, ameaça, extorsão, roubo e associação criminosa. Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que serão periciados pela polícia.

Procurada pelo Estadão, a Câmara municipal informou que, apesar o mandado de busca e apreensão ter ocorrido no gabinete do vereador, a investigação não apura crimes envolvendo a atividade parlamentar do suspeito. “A Casa de Leis está colaborando com a Polícia Civil nas investigações, no entanto, reforça-se, tal procedimento investigativo não tem qualquer vínculo ou relação com a Câmara Municipal e suas atividades, fato este, confirmado pela Polícia Civil”, disse em nota.

Polícia Civil do Paraná realizou busca e apreensão em gabinete de vereador da cidade de Francisco Beltrão (PR). O vereador, que não teve o nome divulgado, foi preso. Foto: ASCOM/Polícia Civil do Paraná

Haverá uma reunião no início da tarde desta sexta-feira com a mesa diretora e os demais parlamentares para debater o assunto, e é possível que o vereador seja afastado do mandato.

Em maio, o vereador Oberdan Saretta (PSDB) usou a tribuna da câmara municipal para denunciar os supostos atentados. Ele é um dos membros do conselho deliberativo do clube. No discurso, o vereador afirmou que houve atentados contra a dois conselheiros do clube, um em que criminosos lançaram garrafas com material explosivo, e outro em que um artefato explosivo foi colocado embaixo do veículo do conselheiro. Segundo o vereador, houve uma explosão, mas ninguém ficou ferido.

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“Não vou sossegar e me tranquilizar (até os responsáveis serem revelados). E se acaso acontecer alguma coisa contra minha pessoa, as forças policiais estão avisadas”, alertou o vereador.

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