Vice de Zema em MG, Paulo Brant declara apoio a Lula

Governador de Minas Gerais anunciou voto em Bolsonaro na semana passada; os dois políticos mineiros cortaram relações no meio deste ano

PUBLICIDADE

Por Daniel Vila Nova

O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), anunciou na última terça-feira, dia 11, que irá votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Em um post no seu perfil do Instagram, o político comparou ambos os candidatos e, apesar de afirmar que nenhum seria de sua preferência, admite que é Lula quem possui “melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático”.

PUBLICIDADE

Eleito em 2018 na chapa de Romeu Zema (Novo), que na semana passada anunciou seu apoio a Jair Bolsonaro (PL), Brant e o governador de Minas Gerais romperam relações no meio deste ano.

O conflito ocorreu por causa da proximidade de Zema com Bolsonaro, algo que o PSDB de Minas entendeu como inaceitável. O político do Novo foi reeleito em 2022, mas Brant não fez parte de sua chapa. O vice-governador concorreu em uma chapa pura do PSDB, mas foi derrotado.

Em 2019, quando ainda eram aliados, Romeu Zema e Paulo Brant se encontraram com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Foto: Alan Santos/PR

O vice-governador reconheceu que as posições conservadoras do atual presidente representam uma parcela significativa da sociedade brasileira, mas entende que tais pautas foram capturadas por “uma extrema-direita radical, que ameaça de fato a nossa democracia”.

Publicidade

“A manutenção das instituições democráticas é o que importa nesse momento. Só a democracia pode nos resgatar a esperança de construir uma verdadeira nação, próspera, solidária, justa e pacífica”, afirmou Brant.

Para ele, apesar de uma possível eleição de Lula evocar “lembranças negativas de governo petistas”, a gama de diversidade presente nas alianças construídas pelo ex-presidente faz com que ele seja a opção de voto do político.

O PSDB, que compunha a chapa de Simone Tebet (MDB), liberou seus filiados para escolherem quem apoiar no segundo turno. Enquanto nomes históricos do partido tendem para Lula, os atuais parlamentares são mais próximos a Bolsonaro.