Vitória de Lula é manchete nos principais jornais do mundo

Publicações americanas, francesas, alemãs, portuguesas e espanhóis estão entre as que repercutiram o resultado da eleição brasileira como a notícia mais importante dos sites

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Foto do author Renata Cafardo
Atualização:

Os principais jornais internacionais repercutiram a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite deste domingo, 30. Os veículos americanos The New York Times e Washington Post, os espanhóis El País e El Mundo, o britânico The Guardian, os italianos La Repubblica e Corriere della Sera, os franceses Le Monde e Le Figaro, o português Diário de Notícias e os alemães Der Spiegel e Frankfurter Allgemeine destacaram o resultado na manchete dos portais online e enfatizaram a existência de um “Brasil dividido”.

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As publicações destacaram a versão apertada de Lula, tomado como “líder de esquerda” por quase 2 milhões de votos. Também reforçaram nas manchetes o fato do petista retornar ao cargo máximo do Executivo pela terceira vez. Algumas publicações também pontuaram a possibilidade de Bolsonaro questionar o resultado das urnas.

A manchete do americano The New York Times e as fotos e vídeos principais foram destinadas à eleição do Brasil e à vitória de Lula. “Brasil elege Lula, um ex-líder de esquerda, em rejeição a Bolsonaro”, diz o título. O texto destaca que o resultado mostra um “renascimento político impressionante para Lula – da presidência à prisão e vice-versa – que antes parecia impensável”.

O jornal também afirmou que Bolsonaro atraiu a atenção do mundo porque fez políticas que “aceleraram a destruição da floresta amazônica” e exacerbaram a pandemia. Segundo o jornal, o presidente “se tornou uma importante figura internacional da extrema direita por seus ataques impetuosos à esquerda, à mídia e às instituições democráticas do Brasil”.

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O jornal americano The New York Times destacou a vitória do petista no topo do portal online do periódico Foto: Reprodução/The New York Times

O francês Le Monde destacou a manchete “Lula é eleito por uma pequena margem no segundo turno”. Logo nos primeiros parágrafos, a reportagem citou a frase do presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que a eleição do petista “abre uma nova página na história do Brasil” . “Juntos, vamos unir forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países” , continuou. Em seguida, o jornal francês afirmou que havia dúvidas se Bolsonaro iria aceitar o resultado depois de “lançar ataques implacáveis às urnas eletrônicas”.

O alemão Der Spiegel colocou em seu título principal a vitória do petista e disse “muitos de seus seguidores associam Lula à era de ouro do Brasil, quando a economia cresceu devido aos altos preços das commodities e o governo tirou milhões de pessoas da pobreza com a ajuda de programas sociais”. Lembrou ainda que a eleição foi marcada por desinformação nas redes sociais.

The Guardian fala em "retorno impressionante" de Lula  Foto: Reprodução/The Guardian

O jornal britânico The Guardian publicou a vitória de Lula logo após a confirmação do resultado na noite deste domingo, 30. “Eleições no Brasil: Lula triunfa sobre o atual presidente de extrema-direita Bolsonaro em esplêndido retorno”, afirmou o título principal do portal da publicação. Um slideshow vermelho mostrou fotos de apoiadores do petista comemorando em várias grandes cidades do Brasil e publicações em tempo real são atualizadas na versão online do jornal.

O italiano La Repubblica escreveu que o Brasil foi às urnas e “ Lula é o presidente eleito pela terceira vez”. Já o Corriere della Sera escreveu que “agora é oficial, vence lula, Bolsonaro atrás por um fio”. “Bolsonaro derrotado: Vitória apertada para Lula no Brasil”, publicou o jornal alemão Frankfurter Allgemeine.

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O espanhol El Pais escreveu que “a esquerda da América Latina recebe Lula com braços abertos”. “O candidato de direita obtém 50,83% de apoio contra os 49,17% dos ultradireitistas, resultado que mostra um país dividido”, publicou.

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