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Wagner diz que Lula vai tomar decisão sobre Juscelino, mas joga responsabilidade sobre União Brasil

Líder do governo no Senado diz que caberia ao partido decidir sobre permanência do ministro na função

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Foto do author Gabriel Hirabahasi
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda vai tomar uma decisão sobre o caso do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por suspeitas de desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O caso foi revelado pelo Estadão em janeiro de 2023.

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Wagner ainda disse que quem deveria tomar uma decisão sobre a permanência ou não de Juscelino no cargo é o União Brasil, partido ao qual o ministro é filiado.

“O presidente ou vai embarcar ou já embarcou para a reunião do G7. Ele vai ser informado de tudo e aí vai tomar uma decisão. Na verdade, quem teria que tomar uma decisão é o partido dele. Não se trata de proteger, defender ou acusar. Se está tendo um evento, qual é a reação? Sai para se defender? Fica se defendendo?”, afirmou Wagner.

Lula terá que decidir o que fazer com Juscelino Filho após indiciamento do ministro pela Polícia Federal Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O senador disse que Lula “foi muito claro com ele (Juscelino Filho) quando saíram as primeiras declarações. (Disse) ‘Vai lá e se defende’. Ele se defendeu. Agora tem um fato novo, que é o indiciamento”.

Wagner afirmou, ainda, que “não tem relação de causa e efeito da ação da Polícia Federal com qualquer vontade política” do governo em relação a uma troca nas cadeiras da Esplanada.

A PF indiciou Juscelino Filho pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O União Brasil defendeu o ministro e disse que ele tem “total apoio” da legenda.

Em nota, o ministro afirmou que o indiciamento é “uma ação política e previsível”. “Parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”, indicou. Segundo ele, a investigação “repete o modus operandi da Operação Lava Jato”.

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