PUBLICIDADE

Zambelli chama Benedita de ‘Chica da Silva’ e reclama por não discursar em evento; veja vídeo

PT do Rio de Janeiro classificou ato como racista; procurada, deputada do PL não se posicionou

PUBLICIDADE

Foto do author Pedro Augusto Figueiredo

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) chamou a também deputada Benedita da Silva (PT-RJ) de “Chica da Silva” durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Zambelli se queixou de não ter sido autorizada a discursar na primeira reunião de mulheres parlamentares dos países que integram o G-20, evento realizado nesta terça-feira, 2, em Maceió (AL).

“Eu não vou ter poder de fala. Eu não vou falar porque provavelmente... não sei por que que eu não vou falar. Parece que já foi montada pela Secretaria da Mulher, [que é a] Chica da Silva [que vai falar]”, disse a parlamentar do PL. Francisca da Silva foi uma escrava alforriada que se tornou uma das mulheres mais poderosas do Arraial do Tijuco, atual município de Diamantina (MG), no século XVIII.

Carla Zambelli e Benedita da Silva: deputada do PL chamou parlamentar do PT de "Chica da Silva" Foto: Vinicius Loures e Itawi Albuquerque/Câmara dos Deputados

PUBLICIDADE

Benedita da Silva é coordenadora-geral da bancada feminina da Câmara e foi escolhida para discursar na abertura do evento. Ao Estadão, ela disse não estar ciente da fala de Zambelli, mas republicou em suas redes sociais um posicionamento do PT do Rio de Janeiro sobre a declaração.

“Nossa solidariedade e apoio a nossa grande referência e exemplo de luta Benedita da Silva, que foi chamada de ‘Chica da Silva’ pela deputada bolsonarista Carla Zambelli. Benedita tem uma trajetória política exemplar, principalmente na luta do povo preto. Racistas não passarão”, diz o texto.

Carla Zambelli foi procurada por meio da assessoria de imprensa, mas ainda não se posicionou.

Em seu discurso, Benedita destacou que a Secretaria da Mulher da Câmara é um exemplo para outros países que querem ampliar a participação das mulheres na política. “Não queremos ser mais. Tampouco permitiremos ser menos, ou menores. Essa reunião é fundamental para darmos início a um movimento global que nos fortaleça e proteja nossos direitos garantidos. Como mulheres parlamentares temos a missão de desafiar os estereótipos”, disse a petista.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.