BRASÍLIA – Com R$ 129 milhões em bens declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirma que a principal curiosidade a seu respeito é ser contra a “ostentação”. “Eu gosto é de ver as coisas dando certo. Privilégio e ostentação, definitivamente, não rimam com a minha pessoa”, resumiu Zema ao ser questionado pelo “Joga na Busca”, do Estadão.
O governador mineiro ganhou os noticiários recentemente após defender, em entrevista ao Estadão, a formação de uma frente de união dos Estados do Sul e do Sudeste em contraposição à união dos governadores das regiões Norte e Nordeste.
Zema se define com um liberal de direita. Segundo o governador, o Estado deve funcionar como uma espécie de regulador que determina em quais condições a iniciativa privada atuará. “Sou de direita. Eu acredito no indivíduo. Acredito que o indivíduo é o motor da humanidade, que faz a diferença.” Ele ainda explicou que é acionista da rede varejista que leva o nome da família, o Grupo Zema.
O chefe do Executivo de Minas Gerais participou do “Joga na Busca” deste domingo, 27. O quadro traz as dúvidas mais comuns dos brasileiros sobre figuras influentes da política brasileira. Neste sábado, 26, o senador Jorge Kajuru comentou sobro o seu passado como apresentador de TV.
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Confira a entrevista:
Romeu Zema é casado?
Eu já fui casado por 14 anos, mas estou separado há bastante tempo e acho que não vou casar mais, porque namorar é muito melhor do que casar.
É de direita ou de esquerda?
Sou de direita. Eu acredito no indivíduo. Acredito que o indivíduo é o motor da humanidade, que faz a diferença. O Estado tem que ditar as regras e não fazer acontecer. Quem faz acontecer é o indivíduo. Eu sou um liberal. Sou de direita.
É dono da Eletrozema?
Eu sou acionista. Tenho que lembrar que a empresa tem diversos sócios. É uma empresa que eu ajudei a administrar por mais de 30 anos, quando eu assumi eram quatro lojas e quando saí da presidência, em 2016, eram mais de 460 lojas. A empresa está profissionalizada e, graças a Deus, funciona sem a minha presença.
É de qual partido?
Sempre fui do partido Novo. Lembrando que o partido Novo, hoje, é muito diferente do que foi no passado. Eu fui reeleito em 2022 com uma aliança com mais dez partidos. Então, o partido Novo, hoje, aprendeu e faz política. A política ética e correta.
É rico?
Eu sou uma pessoa que tenho uma boa condição financeira, o que me possibilitou entrar na vida pública, já que a empresa onde eu tenho ações – como muitos brasileiros têm ações de outras empresas – me possibilita viver bem, com conforto, independentemente de ganhar ou perder eleições.
Uma curiosidade sobre o senhor...
Ó, eu venho de uma empresa que sempre lidou com clientes muito simples do interior de Minas Gerais. Então, eu cresci e me desenvolvi profissionalmente no meio de pessoas muito simples. E sou alguém que se precisar passar a sanduíche, eu passo a sanduíche. Sou alguém que dorme em qualquer hotel, desde que tenha uma cama limpa e um banheiro limpo. Então, eu tenho até uma aversão a qualquer tipo de ostentação e privilégios. Sempre dirigi o meu carro durante a minha campanha. Em 2018, foi desse jeito. Andei mais de 60 mil quilômetros. Estive em mais de 60 cidades em 2018. Eu gosto é de ver as coisas dando certo. Privilégio e ostentação, definitivamente, não rimam com a minha pessoa.
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