Whey protein: nutricionista conta tudo o que você precisa saber sobre o suplemento

Segundo Thiago Monteiro, “whey protein é um suplemento alimentar extraído do soro do leite e muito usado para suprir a quantidade de proteína do dia”.

Ele explica que um equívoco comum sobre o suplemento é achar que ele se destina apenas a pessoas que fazem academia ou praticam exercícios. “Alguns idosos têm dificuldade para ingerir a quantidade ideal de proteína ao dia, devido a dificuldade de mastigar, então o whey é muito bem vindo”, defende.

Além disso, não necessariamente a pessoa que faz atividade precisa usar whey. “Ele entra como um “facilitador” para ajudar na ingestão da proteína do dia, e por ser prático”, resume.

Na hora de escolher o suplemento, Monteiro aconselha a “se atentar na quantidade de carboidrato — como é um suplemento fonte de proteína, não pode ter mais carboidrato que proteína — tomar cuidado com a quantidade de sódio, e o whey tem que ser palatável, gostoso”. Veja a seguir algumas marcas recomendadas pelo nutricionista:

O nutricionista explica que existem três tipos principais de whey protein: concentrado, isolado e hidrolisado. Segundo ele, cada um tem suas próprias características e benefícios.

Mas, quais as diferenças entre os tipos de whey protein? Monteiro descreve cada um deles em detalhes para que seja possível entender melhor. Veja:

• concentrado: “Tem cerca de 70 a 80% de proteína, mas também possui carboidrato e gordura em sua composição. E o melhor custo x benefício.”
• isolado: “Sua composição é cerca de 90% de proteínas. Portanto possui menos carboidrato (lactose), podendo ser usado por intolerantes à lactose.”
• hidrolisado: “É parcialmente hidrolisado, ou seja, já vem meio digerido, facilitando ainda mais a digestão e é indicado para quem tem dificuldade com a digestão do concentrado. Maior concentração de proteína.”

O nutricionista destaca os diferentes benefícios a partir do consumo de suplemento:

• ganho de massa muscular;
• aumento do teor de proteína da refeição;
• lanche prático e saudável;
• auxílio a idosos com problemas de mastigação;
• emagrecimento;
• recuperação muscular.

“A quantidade de whey é muito relativa, não é receita de bolo”, afirma Monteiro. “Devemos nos atentar é na quantidade total de proteína ingerida no dia, e essa quantidade é individualizada, de acordo com peso corporal, objetivos, marcadores bioquímicos…”, explica.

Além disso, para quem consome whey devido a treinos, o nutricionista salienta: “estudos mostram que é interessante consumir até 3 horas após o treino, para ajudar na síntese de proteína, ganho de massa muscular”. Contudo, ele ressalta que essa proteína não necessariamente precisa vir do whey, mas pode vir de alimentos, como: ovos, peixes, carnes, frango, leite, iogurte, vegetais verdes escuros e queijos.

O importante, explica é que “precisamos nos atentar na quantidade e qualidade fornecida por porção”.

Monteiro afirma que “não existe contraindicação” para o uso de whey protein, mas alerta que “devemos tomar cuidado com o excesso de proteína que ingerimos ao dia, principalmente pessoas com problemas renais, onde o consumo deve ser muito bem controlado”.

Em relação a efeitos colaterais, ele diz: “para pessoas saudáveis, não existem efeitos colaterais. Algumas podem apresentar desconforto como gases, acnes, diarreia, mas isso é devido algumas alergia ou sensibilidade”.

Por fim, ele reforça que o suplemento é seguro para consumo a longo prazo, levando em consideração o consumo diário de proteína.