Dinho Ouro Preto, Andreas Kisser e mais indicam novos artistas do rock que você precisa conhecer

“Perfeito para quem gosta de rock com sabor sessentista, The Lemon Twigs (2024) remete ao ‘Beach Boys. Mistura arranjos vocais com o veneninho da música psicodélica e a ingenuidade da primeira metade dos anos 1960. Feita para quem gosta de comprar CD e vinil – para ouvir o álbum inteiro.” 

Menção honrosa: Fugadoce (2021), do Daparte. “Eu tenho muita restrição para não me levar pelo amor parental e virar pai coruja – ou nepotista. Mas a banda do meu filho tem feito um rock moderno, com pegada indie e boas letras. Inclusive, o vocalista João Ferreira está comigo em uma música do meu novo disco, Rosa”.

“Para mim, acho ousado o grupo que chama-se Merda. Eu comprei até uma xícara dele, escrito Merda, e acho interessante – como uma pessoa pode ter um nome ousado a esse ponto de se chamar Merda? E a música é bem pauleira. Interessante.”

“Eu recomendo o rock poderoso, que atravessa fronteiras, da banda Francisco El Hombre. Eles têm uma força incrível! E eu tenho a alegria de ter cantado com eles no disco novo, chamado Hasta El Final!”.

“O Black Pantera é uma banda brasileira, super visceral e energética, que eu adoro. Tanto no som quanto na mensagem que eles trazem nas letras, contra o preconceito racial, a favor das minorias – uma luta que não é só deles, mas de todos nós.”

“A Canto Cego é uma banda incrível da Favela da Maré, no Rio de Janeiro, com meninas no vocal e na bateria. Reforço suas letras muito bem articuladas, que contam a realidade de uma forma poética.”

Menção honrosa: Cuidado Você (2023), da The Mönic. “É uma banda de meninas [com exceção do baterista], de São Paulo, que tem uma pegada de rock muito interessante. Elas fazem um crossover entre o hardcore e o punk rock mais pesado.”

“Eu os conheci com a música ‘Fogo nos Racistas’. A existência da banda é uma martelada – prova da vitalidade do rock brasileiro. E, agora, acaba de sair seu quarto disco, Perpétuo (2024). Nele, eles amadurecem, sem perder a essência.”

“Eles abriram um show para gente e a plateia cantava todas suas músicas autorais. Fiquei muito feliz e esperançoso. Acredito ser o momento para bandas novas apostarem, há algo borbulhando e um cenário propício!”

“O CD de inéditas da Blitz, lançado agora, que marca o amadurecimento de uma banda de mais de 40 anos de estrada. O primeiro de inéditas depois do disco Aventuras II – indicado ao Grammy Latino.”

“Apesar de veteranos de bandas consagradas, aqui eles começam do zero, trazendo muitos elementos incríveis da cena hardcore, que tem muita história no rock mundial.”

“Sendo honesto, não vejo nada de muito novo que me chame a atenção. Porém, o Ghost é uma banda que está chegando no auge de seu amadurecimento artístico e musical, e vale conferir. Não apenas o Impera, como seus últimos trabalhos.”

“Um trabalho novo, que é de rock, mas recebe influências que o mantém atual e saudável. Meu filho, Yohan Kisser, está lançando um disco solo, que tem como single uma música-homenagem sobre perda e a relação com a morte da mãe. Sua originalidade conversa um pouco com Mutantes.”

“Compositor inglês, talvez seja uma das grandes figuras com o dom da palavra – para mim, o mais subestimado do rock. Apesar de Defiance Part 1 não ser seu melhor trabalho, tem as letras de um escritor de mão cheia e pode gerar a curiosidade para procurá-lo.”

“Com sua essência italiana, emplaca uma certa ousadia, tanto na maneira de se vestir, quanto no som, meio glitter – ao mesmo tempo moderno para caramba. É uma manifestação super sexual em melodia e comportamento”.

“Tenho que indicar meu último disco: Perpétuo. É o nosso quarto álbum de estúdio e o melhor que fizemos. Ele é totalmente diferente do que  temos na carreira, mantendo a responsabilidade de jogar críticas com coragem, porém abraçando novos estilos.”

“Sou suspeito, mas Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, lançaram disco novo incrível, com a produção do Vitor Araújo. O primeiro disco deles foi produzido por mim e acho que trata o rock de maneira original, autoral e renovada.”

“O Black Pantera tem ajudado a resgatar o rock nacional. Eles cantam em português e trazem o protesto à tona nas letras – o que está na veia do rock enquanto contraversão. Isso tudo, sem deixar de lado melodias bonitas, baladas gostosas e a energia do palco. A pura essência do rock.“

“Formados em Manaus, eles misturam referências de indie com reggae e uma leve pitada de punk. A lírica é muito boa e fácil para se identificar. Ela chega a ser nostálgica, o que sempre é um sentimento bem ambíguo e pessoal, mas se traduz.”