Publicado por Frank Herbert em 1965, não é exagero apontar Duna como um dos romances mais influentes da história da ficção científica. As tramas de Arrakis inspiraram, dentre outras obras, um dos grandes clássicos do cinema – Star Wars (1977), de George Lucas. Então, por que a saga só veio fazer sucesso no Brasil quase 60 anos após o seu lançamento?
A resposta é simples: divulgação. Apesar da repercussão no exterior, Duna chegou ao País apenas em 1984 – ano de sua primeira adaptação cinematográfica. O longa dirigido por David Lynch (Cidade dos Sonhos) pode não ter sido aclamado por público e crítica, porém foi essencial para resgatar a memória do livro. Assim, cruzou o Equador e foi publicado no Brasil pela editora Nova Fronteira.
No entanto, teria uma primeira passagem curta, só até o início da década de 1990. Pascoal Naib, fundador da página Duna Arrakis Brasil e apresentador do podcast DunaCast, conta como a falta de conteúdo minou o fandom nacional. “Por mais relevante que a saga fosse para a cultura pop, manter uma comunidade de Duna por aqui tornou-se insustentável. Ninguém sobrevive sem ser alimentado”.
Foram 20 anos de hiato até que, em 2010, a editora Aleph resgatou a obra com uma reedição. Oito anos mais tarde, a Warner anunciaria a produção da segunda adaptação da franquia, agora dirigida por Dennis Villeneuve (A Chegada). Duna: Parte 1 foi lançado em 2021, recebeu dez indicações ao Oscar e levou seis estatuetas para casa. Ainda assim, com um ritmo introdutório, não fisgou o grande público.
Já Duna: Parte 2 conta outra história. A maior estreia do cinema mundial em 2024 – com mais de US$ 80 milhões arrecadados –, a sequência atingiu o patamar de blockbuster. Thiago Romariz, diretor de inovação e conteúdo da Omelete Company elenca alguns motivos.
“A sequência vem em um momento onde o cinema de franquias, como super heróis, está em baixa, carecendo de renovação. Para isso, Villeneuve utiliza um elenco com expoentes de Hollywood. Assim, nomes como Timothée Chalamet (Paul Atreides), Zendaya (Chani) e Austin Butler (Feyd Rautha) dão vida ao universo Duna”, defendeu.
Com um clímax desenvolvido, o filme vence a monotonia do antecessor e abre caminhos para o encerramento da trilogia – ainda sem data prevista. Está animado para a conclusão dessa saga? Separamos alguns itens essenciais para mergulhar de vez no mundo de Herbert. Veja abaixo.