Whisky para drinques: 14 recomendações dos especialistas do bourbon ao single malt

“Um whisky americano de entrada, à base de milho, que pode ser usado para preparar um bom Boulevardier, um bom Manhattan”, diz Jairo Gama. O especialista salienta que os destilados de origem americana feitos de milho são muito diferentes do whisky escocês e são chamados de bourbons.

Para entender essa diferença, Gunter Sarfert explica que os bourbons geralmente são mais adocicados. “Trazem mais caramelo, muitas vezes até o coco queimado, que é uma característica do barril americano”.

Nessa categoria, há diversas opções no mercado, incluindo marcas como Jim Beam e Jack Daniels. A seguir confira a seleção completa de whiskies americanos indicados pelos especialistas.

Gunter conta que o whisky, por definição, é sempre envelhecido em madeira. “Mesmo quando ele não tem idade, ainda assim passa por anos no carvalho e tem toda uma gama de sabores que se espera de um whisky escocês”, ressalta.

No casos dos blendeds, o especialista indica o Dewar’s 12 anos e o Chivas 13 Extra, que é envelhecido em barril de jerez, e traz notas de mel e fruta, como damasco seco e uva passa. “É um whisky muito interessante”, aponta.

A indicação de Jairo vai para o Red Label. “Esse é um whisky de entrada, com sabor mais maltado”, diz.

Sobre os single malts, Gunter diz que esta costuma ser uma categoria de whisky mais especial e mais cara. Ele explica ainda que, em coquetelaria, costuma-se evitar o uso de bebidas muito mais caras, mas faz um adendo: “Não sou um purista que fala assim ‘ah, bebida cara só pode ser bebida pura’. Sinceramente, se a pessoa pode pagar, ela pode fazer com o drinque do jeito que ela preferir. Essa é a regra”.

Para quem busca opções dessa categoria, o especialista indica alguns single malts: “O próprio Singleton é razoável de se usar e o Aberfeldy não é tão proibitivo”, diz. Além disso, ele explica que algumas empresas gostam de ver seu single malt sendo usados em coquetelaria. “A própria Macallanm, que é uma bebida muito especial, acha interessante o uso de seu whisky na coquetelaria”, reitera.

Outro trunfo dos single malts são as opções defumadas. Jairo explica que vale apostar neles para criar um dos drinques que está em alta no momento: o Penicilin. Gunter, que também acompanha a tendência, sugere o uso dos whiskies defumados como um componente extra nos drinques.

Independentemente do tipo de whisky e do valor da garrafa, é importante armazená-los da forma correta. Para isso, Jairo, orienta: “É igual guardar perfume: tira da luz e não deixa em lugares que tem muita mudança de temperatura.”

Além disso, quando a garrafa é aberta, é importante ter alguns cuidados. “Você pode demorar para beber enquanto ele está cheio, mas quanto mais vazio, o ideal é que não demore muito [para terminar a garrafa]”, explica Gunter. O especialista explica que, quanto mais ar entra na garrafa, mais o álcool evapora e vai embora.