Whisky para presentear: especialista indica 8 rótulos para entusiastas e iniciantes

Quando se trata de presentear alguém que já conhece e aprecia whisky, é importante considerar o gosto pessoal do presenteado.

Segundo Maurício Porto, a maioria dos entusiastas tende a gostar mais de single malts e de blendeds premium.

Não entendeu nada? Calma que a gente explica: single malt é o nome que se dá aos whiskies que envelhecem por vários anos em barris, geralmente de carvalho, e são engarrafados em seguida. Já os blendeds, como o nome em inglês sugere, são elaborados a partir de uma mistura de whiskies.

Por sua experiência, Porto diz que quem é apaixonado pela bebida já conhece blendeds. “Essas pessoas buscam single malts para entender melhor a bebida”, afirma. Nessa categoria, algumas das opções citadas pelo especialista são whiskies das marcas Glenfiddich e Macallan.

Mas, claro, quem aprecia a bebida também pode ter um “blended do coração”. “O meu é o Chivas 18”, diz. 

Com isso em mente, o especialista aponta que o caminho para acertar no presente é optar por um blended premium. “Royal Salute ou o Blue Label são delicados e complexos, ideais para quem aprecia a sofisticação e o refinamento de um bom whisky”, destaca.

Para quem está começando a explorar o mundo do whisky ou não tem muita familiaridade com a bebida, a apresentação pode ser um fator importante na hora da escolha.

“A embalagem é muito sedutora, especialmente quando se trata de presentes. Um whisky com uma embalagem bonita certamente atrai mais atenção”, observa Maurício Porto. No entanto, ele enfatiza que a qualidade da bebida também deve ser considerada.

Nesse cenário, o especialista recomenda single malts de “recrutamento” e destaca o Glenlivet Founders e o Singleton.

Além disso, para quem já provou blendeds básicos e deseja explorar algo um pouco mais sofisticado, blendeds de luxo como o Chivas 18 ou o Johnnie Walker Green Label são outras recomendações de Porto.

Sobre a principal diferença entre um whisky comum e um de luxo, Porto revela que o que está por traz da divisão geralmente é a complexidade sensorial do destilado.

“Isso tem a ver com matéria-prima e produção. Então, quer dizer, o whisky que usa uma matéria-prima mais cara ou métodos de produção mais caros, como por exemplo, destilação em alambique, ao invés de ser destilação em coluna, ou que é feito uma única destilaria — um single malt —, costumam ser mais caros do que alguns blendeds”, diz.

Ele ressalta, contudo, que essa não é uma regra absoluta e que há casos em que o resultado é um bom marketing. “Tem muita marca também que é cara porque elas criam uma aura aí de prestígio ao redor e cobram mais por isso”, finaliza.

Maurício Porto explica que existem diversos tipos de whisky, entre os quais os mais conhecidos são:

• Single malt, feito de cevada maltada e destilado em uma única destilaria;
• Blended whisky, que é uma mistura de diferentes tipos de whiskies;
• Bourbon, predominantemente produzido nos Estados Unidos a partir de pelo menos 51% de milho;
• Rye whisky, feito com um mínimo de 51% de centeio, também popular nos EUA e no Canadá.

Cada tipo de whisky possui características únicas, que variam em sabor, aroma e complexidade, refletindo os ingredientes utilizados, o processo de destilação e o envelhecimento em barris de carvalho.