Quando falamos em café, a palavra “especial” deixa de ser adjetivo e torna-se substantivo. Ou seja, o termo não é mais utilizado para caracterizar um cafezinho saboroso. Na verdade, ele funciona como um selo, que atesta uma série de qualidades da bebida, desde a pureza dos grãos ao aroma acentuado.
Uma dica fundamental para identificar as torras especiais é a sua rastreabilidade. Assim como uma celebridade faz questão de ser notada, o produtor de um grão de destaque sempre exaltará as suas origens, como a fazenda e a região do cultivo.
Esses últimos dois fatores, inclusive, jamais são escolhidos pelo acaso. Para plantar um café de extrema qualidade, é preciso encontrar um clima, solo, posição geográfica e altitude adequados. A altura, por exemplo, costuma ser bastante elevada – de 800 a 1,5 mil metros. Assim, em perfeitas condições, os grãos são colhidos manualmente, quando atingem o período de maturação.
Ainda, entrando no campo do sabor, são as notas sensoriais que dão a pista de um café especial. Sem defeitos físicos e impurezas no fruto, o amargor se faz presente, porém deixa de ser sua principal característica. Desse modo, abre espaço para a doçura e a acidez darem a cara – sem exageros – balanceando o paladar.
Tudo isso, para, enfim, desembocar no paradigma final: classificação da Specialty Coffee Association (SCA). Segundo especialistas, um café especial costuma pontuar acima de 80, após a passagem pelo “cupping técnico” (avaliação sensorial) da associação. Outras certidões, como da BSCA e da Rainforest Alliance também são bem-vindas.
Comparadores de preços mostram que o custo médio de 250g do produto costuma variar entre R$ 20 a R$ 40. Especificidades como a torra, aromatização e prêmios adquiridos influem no seu preço. Abaixo, recomendamos algumas das torras melhores avaliadas pela crítica e buscadas pelo público.