Panela de pressão elétrica da Rita Lobo é boa? Veja nossas impressões

No dia a dia, a panela de pressão elétrica PCC20 substitui tranquilamente uma panela de pressão tradicional — tanto que eu nem tenho uma e não sinto falta.

Ela ainda prepara bem refogados e cozidos já que, além dos pratos feitos na pressão, ela também funciona como uma panela elétrica comum graças a função de aquecer. Porém, nos dias de pressa, eu costumo refogar os temperos na parte removível e, quando estão no ponto de colocar carne, frango, feijão ou arroz, eu acoplo o cesto na panela novamente e ela dá andamento na receita com mais agilidade.

Para os primeiros usos, senti mais confiança após ver o manual e alguns tutoriais sobre o sistema de travamento da panela, mas com tempo e prática tudo fica mais intuitivo. Mesmo assim, algumas “ajudinhas” da panela de pressão elétrica acabaram sendo essenciais. Por exemplo, apesar de silenciosa no funcionamento, ela emite avisos sonoros em momentos específicos — como no fechamento da tampa, no início dos preparos e ao finalizar a receita.

Outra facilidade é que, além das 15 receitas já programadas no menu — que vão de feijão a carne seca e milho —, a panela também tem a possibilidade de seleção manual, onde pode ser feito ajuste do nível de pressão e do tempo de preparo. Essa função é bem útil quando quero ajustar o ponto da batata ou cenoura nas receitas.

Já o tempo de funcionamento oscila bastante de acordo com a receita preparada. Para o preparo de milho, por exemplo, ela levou 50 minutos no total — desde o fechamento da panela, aquecimento da água e ativação da receita até a saída espontânea de toda a pressão —, enquanto para o feijão, ela facilmente ultrapassa 1 hora. No entanto, é possível economizar tempo removendo a pressão de forma manual e ajustando a posição da válvula com a ajuda de uma espátula.

Apesar da remoção manual da pressão ser uma possibilidade segura, aqui eu acabo não recorrendo a ela porque o jato de saída da pressão é bastante forte e alcança a parede e também a parte superior do meu armário, umedecendo tudo com o vapor.

E, quanto à segurança do modo pressão, além dos avisos sonoros de que tudo está devidamente fechado, ainda é possível ficar de olho no pino vermelho, que sobe quando está com pressão e só volta à posição baixa quando o vapor sai por completo.

Por esse conjunto de funcionalidades, considero a panela de pressão elétrica da Electrolux bastante segura, prática e versátil. Até porque ela une as facilidades de um eletroportátil elétrico às pequenas adaptações de tempo e processo que às vezes gosto de incluir nas receitas.

Além do recipiente interno removível, que facilita a limpeza, a panela de pressão elétrica PCC20 também vem com alguns acessórios que são muito úteis no dia a dia.

Um deles é o copinho coletor, que fica posicionado na parte traseira da panela. Durante o preparo do feijão, por exemplo, ele armazena uma parte da água que é liberada na saída da pressão, evitando que o líquido vaze na pia ou no balcão. Basicamente, é uma mão na roda para evitar sujeira.

Outro acessório útil é o cabo removível, que pode ser fixado apenas na hora do uso. Gosto bastante dele porque evita que o fio fique todo retorcido na hora de guardar a panela.

Além disso, outros acessórios que acompanham o modelo são o copinho dosador e duas conchas plásticas — uma funda e outra mais rasa. Apesar de serem pensados para ajudar nas receitas, não gosto muito do material plástico das conchas e nem do tamanho limitado do copinho, então acabo não usando.

Os ganhos da panela elétrica assinada pela Rita Lobo realmente ficam por conta da praticidade no uso, da segurança no manuseio e da variedade de receitas que podem ser preparadas. Além disso, a facilidade de limpeza e os acessórios também contam como pontos positivos.

Indo mais a fundo nos termos de segurança, não é possível notar todos os 10 dispositivos que a Electrolux anuncia, mas eles funcionam bem na prática. Os avisos sonoros tranquilizam bastante durante o manuseio e, além disso, o modelo é bem sinalizado em relação ao pino da pressão e como usá-lo de forma correta — inclusive, tem um adesivo na tampa com essas informações.

Porém um ponto que é basicamente um “toma lá, dá cá” é o fato dela ser espaçosa. A capacidade de seis litros acaba sendo uma vantagem na hora de preparar grandes quantidades; mas no fim do dia, quem tem uma cozinha mais compacta sente bem a diferença de espaço quando a panela está em uso. Afinal, é preciso “abrir espaço” para a panela, seja liberando uma parte do balcão ou tirando a louça da pia.

Outra desvantagem para mim é o peso — de 5 kg —, já que ela fica guardada em uma parte alta do armário. Então, tirá-la da parte superior do armário e, depois do uso e limpeza, guardá-la com ajuda de um banquinho é um breve desafio.

Por fim, um ponto de atenção é que, após a receita finalizar, a estrutura externa da panela fica perceptivelmente aquecida. Apesar de não chegar ao ponto de queimar a mão, eu evito tocá-la ou mesmo deixar algum utensílio muito próximo.

Diante das facilidades que essa panela de pressão elétrica entrega, a compra vale a pena. Em um ano e meio de uso, não sinto diferenças significativas na conta de luz e, o fato dela ser espaçosa, me possibilita preparar grandes quantidades de feijão para congelar, por exemplo.

Além disso, como ela fica guardada no armário, ela acaba não comprometendo o espaço na cozinha no dia a dia. E essa “não exposição” à vida diária de aquecimento da cozinha também me dá a impressão de que mantém o modelo mais conservado, esteticamente falando.

Porém, ela pode não ser uma boa escolha para quem não tem espaço ou não tem lugar no armário, já que ela realmente é uma panela de pressão elétrica que não passa despercebida.