Tão importante quanto a carne, o carvão e o sal grosso, é a faca do churrasco: é aqui que está a diferença entre fatias perfeitas e carne retalhada, ruim de saborear.
Para saber mais sobre esse tipo de faca, o Estadão Recomenda conversou com Tatiana Bassi, proprietária do Templo da Carne Marcos Bassi, um dos principais restaurantes de São Paulo quando o assunto é churrasco. Desde 2013, administra o legado do pai, o empresário do setor gastronômico, Marcos Bassi, conhecido por criar cortes como a fraldinha – a partir do miolo da alcatra.
Tatiana afirma que existem vários tipos de facas, disponíveis no mercado, que cumprem a mesma função. Porém, as que realmente fazem diferença para os assados na brasa são poucas. “Recomendo apenas as de desossa e a ‘do chefe‘, que são suficientes para tudo.”
Segundo ela, o mais importante é o custo-benefício. Embora existam facas profissionais de até R$ 10 mil, Tatiana não vê necessidade para um churrasqueiro amador investir tanto. “Entre R$ 200 e R$ 500, você já encontra ótimas opções”, indica.
O cabo, segundo Tatiana, deve ser de polipropileno. “É feio, mas adere bem à mão e é fácil de limpar. Não é bonito, mas é higiênico”, conta. Quanto ao material da lâmina, o ideal é o aço inox, que oferece durabilidade e funcionalidade superior. Ela desaconselha facas de cerâmica, que quebram com facilidade, e de damasco, pelo alto custo.
Tatiana também alerta para a importância do freio, a “dobrinha da empunhadura”, que protege os dedos: “Imagine-se no fim de semana, após a terceira caipirinha, com o cabo engordurado. Sem um bom freio, você pode cortar a mão. Melhor prevenir.