Protetor solar: dermatologista dá dicas para você escolher o ideal para sua pele

Cinco protetores solares se destacam com as maiores médias na Amazon. Marcas como Eucerin, Sundown, Isdin, Neutrogena e Nivea são as preferidas no marketplace quando o assunto é escolher protetor solar para o corpo e o rosto.

Com frascos custando a partir de R$ 40, conheça os protetores queridinhos dos clientes.

De acordo com o dermatologista Marcio Wagner, os benefícios do protetor solar são muitos, mas podem ser divididos em duas categorias: saúde e estética.

Ele explica que, em termos de saúde, o protetor solar é fundamental para a prevenção do câncer de pele. “Os raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol são os principais causadores do câncer de pele. Utilizá-lo é uma forma de prevenção do surgimento de um câncer de pele, seja o não melanoma — que são principalmente o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular — e o melanoma — tipo de câncer de pele mais grave e agressivo”, conta o Dr. Wagner.

Já em relação aos benefícios estéticos, o protetor solar ajuda a ganhar tempo. “Os raios UV também podem causar o envelhecimento precoce da pele, fazendo com que ela fique mais flácida, com rugas e manchas. O protetor solar ajuda a retardar esse processo, mantendo a pele mais jovem, uniforme e saudável”, explica.

Além dos reais benefícios do protetor solar, uma dúvida bastante recorrente na hora de escolhê-lo é: qual o melhor fator de proteção solar?

Sobre esse tema, o dr. Wagner explica que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o recomendado é o fator de proteção solar acima de 30. “Em épocas de exposição solar mais prolongadas e em temperaturas mais altas, em geral sempre recomendo filtros acima de 50. Vai muito também da exposição solar. Essas épocas que as pessoas vão a sítios, fazenda, campo, praia, eu recomendo um filtro solar maior, no mínimo FPS 50”, ressalta.

E quais fatores uma pessoa deve considerar ao escolher um protetor solar? O Dr. Wagner aconselha que um dermatologista seja consultado em cada caso para conduzir a uma escolha acertada. Contudo, de forma geral, ele diz: “É importante analisar dois principais fatores: tempo de exposição solar e cor da pele; se ela for mais clara, deve-se usar um protetor solar com filtro mais alto”.

Muitas pessoas são conscientes da importância do uso do protetor, mas e sobre quantidade adequada?

Como essa é uma dúvida comum, perguntamos ao dermatologista Dr. Wagner quanto de protetor solar uma pessoa deve aplicar e com que frequência.

“A quantidade adequada de protetor solar que uma pessoa deve aplicar é de, no mínimo, 2mg/cm² de pele. Isso equivale a cerca de uma colher de chá para o rosto e pescoço, duas colheres de chá para cada braço e antebraço, duas colheres de chá para o tronco e costas, e duas colheres de chá para cada perna e coxa”, detalha.

Já sobre a frequência de reaplicação do protetor solar, o dermatologia ressalta que isso depende da exposição solar. “No dia a dia, é recomendado reaplicar a cada três horas. No entanto, em situações de exposição solar intensa, como praia, piscina ou prática de atividades físicas, é recomendado reaplicar a cada duas horas ou mais frequentemente, se necessário”.

Além disso, ele aconselha: “Se ficar mais que 15 ou 20 minutos na água, [apresentar] suor excessivo ou [realizar] prática de atividade física, reaplicar”.

Nesse guia de como escolher um protetor solar, outra dúvida com diz respeito à diferença entre os protetores solares específicos para o corpo e para o rosto. Afinal, qual a diferença? O Dr. Marcio Wagner conta que a principal delas é a textura.

“Os protetores solares para o rosto são geralmente mais leves e oil-free, para evitar o aumento da oleosidade da pele. Já os protetores solares para o corpo são geralmente mais espessos e hidratantes, para proteger a pele de agressões externas”, explica.

Por isso, ele indica que as opções de protetores faciais sejam oil-free, com toque seco ou em gel, enquanto os protetores corporais tenham FPS adequado à pele, além de resistência à água e ao suor.

Quem não abre mão de usar maquiagem, pode ganhar mais comodidade ao escolher dermocosméticos que já tenham proteção solar. Mas essa praticidade compromete, de alguma forma, a proteção da pele contra o sol?

Nesse cenário, o Dr. Wagner explica que pode haver duas possibilidades: maquiagens com filtros solares ou protetores solares com cor.

“Os filtros solares com cor, com base, seguem a regra de um protetor solar sem base. Porém, quando falamos de maquiagem com protetor solar, elas não seguem a mesma recomendação”, afirma o dermatologista.

O mestre em Ciências da Saúde explica que maquiagens não têm um fator de proteção solar alto, seja para radiação ultravioleta A ou  B. Por isso, ele não recomenda que esses dermocosméticos substituam o uso do protetor solar. “O que recomendo é um filtro solar com cor ou um filtro solar sem cor e, em seguida, passar a maquiagem”, finaliza.