Um ponto a notar, e que pode causar uma certa estranheza no início, é que por mais que as fabricantes tenham investido na tecnologia, ainda não conseguiram eliminar por completo o vinco na tela, uma ligeira concavidade que fica marcada no local da dobra. No uso cotidiano, no entanto, é muito fácil “se esquecer” de que ela está lá e nem reparar, a não ser quando se passa o dedo por ali.
As telas também são mais frágeis do que as dos celulares comuns: por serem feitas de vidro extremamente fino, vêm com proteção plástica que, preferencialmente, não deve ser retirada, podendo causar alguns brilhos e reflexos incômodos na visualização.
Os modelos “foldable” à venda no mercado brasileiro (e no global) ainda são poucos, mas basicamente integram duas famílias diferentes. Por isso mesmo, caso esteja namorando um celular do tipo, é recomendado pensar muito bem para ver o que mais se adequa às suas necessidades.
Confira abaixo as recomendações dos modelos mais compactos.
Samsung Galaxy

Z Flip 3
De início, já há uma grande diferença: enquanto os celulares da Samsung trazem especificações que os incluem entre os mais potentes do mercado, o da Motorola é um aparelho de gama média (e nem por isso mais barato).Os dobráveis mais populares – e mais baratos – são os aparelhos que têm o tamanho de um smartphone padrão, comum, quando abertos, mas se dobram ao meio para ficarem menores e, portanto, mais fáceis de transportar, mais discretos, quase sem fazer volume no bolso ou bolsa e podendo ser escondidos em qualquer cantinho no carro, por exemplo.
Estes são os casos dos Galaxy Z Flip 3 e Z Flip 4, da Samsung, e do Moto Razr, da Motorola.
Já para citar um ponto em comum, é possível deixá-los dobrados em qualquer ângulo, apoiados na mesa como se fossem mini-notebooks.
Dependendo do ângulo, o aparelho “entende” a posição e a tela assume diferentes funções, em cima e em baixo.
Samsung Galaxy

Z Flip 4
Falando primeiro da Samsung, o aparelho topo da linha Flip da sul-coreana é o Flip 4.Quase totalmente idêntico ao Flip 3, ele traz o processador mais potente da atualidade disponível para o sistema Android – o Snapdragon 8+ Gen.1 – e a mesma tela do irmão, uma amoled de 6,7 polegadas quando aberta.
Na telinha externa, de 1,9 polegada (também comum a ambos), é possível ver notificações, programar alarmes, conferir a previsão do tempo, controlar as músicas e usá-la como monitor para fotos e vídeos com as câmeras externas, quando o aparelho está fechado.
As câmeras, aliás, tiveram um pequeno upgrade no 4 em relação ao 3.
Embora o Flip 3 use um processador anterior, o Snapdragon 888, continua sendo um smartphone completo e um dos mais potentes à venda, tanto que a Samsung ainda o mantém em linha.
Pode ser uma ótima opção para gastar menos. Um ponto de reclamações, no entanto, é a sofrível duração da bateria – o Flip 4 também não está entre as maiores do mercado, mas se sai um pouco melhor nisso. E outra coisa: o Flip 3 é bastante “esquentadinho”, podendo ser incômodo o uso, mesmo depois de poucos minutos.
Smartphone Motorola

Razr Preto 128GB
O representante dobrável da Motorola, chamado simplesmente de Moto Razr, oferece pouco pelo que cobra (em relação aos concorrentes da Samsung).A maior atratividade é o design, pela semelhança com o icônico Razr V3, objeto de desejo nos anos 2000.
Trata-se de um aparelho com construção e desempenho bem inferiores em relação aos concorrentes.
Com uma versão obsoleta do Android (9), uma tela menor, de 6,2 polegadas, e um antiquado sensor frontal de impressões digitais, o aparelho tem plástico em sua construção e uma única câmera traseira, que pode ser usada para fotos e vídeos com o celular fechado. A fabricante informa que ela é dotada de inteligência artificial, mas os recursos de fotografia ficam prejudicados diante dos concorrentes.
A tela externa multifunção tem 2,7 polegadas e um recurso de transição inteligente – vendo um e-mail, por exemplo, é só abrir o aparelho para responder, continuando a usar de onde parou.
O processador é um Snapdragon 710 e a RAM é de 6GB, apenas suficiente para aplicações mais pesadas. A bateria, de 2.510 mAh, dura bem pouco, obrigando o carregamento uma ou duas vezes durante o dia, dependendo do uso.