Qual Motorola escolher: guia definitivo para entender as diferenças entre os celulares da marca

Lançada em 2021, essa é a família formada pelos “top de linha” da marca. São eles que ganham atualizações por mais tempo e recebem as principais apostas da Motorola. A família é dividida em várias categorias, que acompanham o nome do aparelho. Atualmente, duas gerações estão à venda: Edge 40 (de 2023) e Edge 50 (deste ano). Em 2024, os aparelhos da geração Edge 30 já são mais difíceis de encontrar e estão mais próximos de se tornarem defasados.

Edge 50

Renovada entre abril e maio de 2024, a família trouxe três novos modelos para o mercado brasileiro: Edge 50 Fusion, Edge 50 Pro e Edge 50 Ultra. Com eles, a marca pretende voltar a competir diretamente com intermediários e até mesmo tops de linha de concorrentes como Samsung, Xiaomi e até mesmo Apple.

Até a geração passada, essa era linha que abrigava apenas os modelos premium da Motorola. Agora, porém, passa a ter opções intermediárias também, assim como os modelos disponíveis na linha Moto G.

Em comum, praticamente todos eles “cresceram”, agora com telas de 6,7 polegadas, seguindo com displays do tipo pOLED. Os processadores MediaTek Dimensity da geração anterior saem e entram em cena os Qualcomm Snapdragon – cada modelo com um tipo distinto. A exceção aqui é o Edge 50 Neo, que mantém o chip Dimensity e uma tela de 6,4 polegadas.

Todos eles têm certificação IP68 contra poeira e água e selo de cores da Pantone. Porém, Edge 50 Neo e Edge 50 contam com uma certificação militar MIL-STD-810H. Isso significa que eles também são resistentes a temperaturas extremas (entre 70˚C e -20˚C), umidade/maresia, altitude e quedas de até 1,22 metros.

A Motorola também aderiu ao uso de inteligência artificial em seus aparelhos, agora com o Moto AI. Assim como o Galaxy AI, da concorrente Samsung, a tecnologia promete aprimorar funcionalidades do celular.

Edge 40

A família Edge levou bastante tempo para ser renovada: o Motorola Edge 40 foi lançado em maio de 2023, enquanto o Motorola Edge 40 Neo chegou ao Brasil apenas em setembro de 2023. O Motorola Edge 40 Pro, vendido no exterior, sequer apareceu nas prateleiras nacionais.

Ambos os smartphones vendidos aqui são bem similares em muitos pontos, mas existem algumas diferenças essenciais. Começando pelo que é igual, os dois têm telas pOLED de resolução Full HD+ e taxa de atualização em 144Hz, bem como câmeras com a mesma capacidade. Eles também têm certificação IP68 contra poeira e água.

Contudo, as nuances aqui são importantes. Apesar do Edge 40 Neo ter uma memória RAM maior, seu processador Dimensity 7030 é bem inferior ao Dimensity 8020 do Edge 40 (com mais núcleos, mais rápido e com DirectX 12). Por outro lado, somente o Edge 40 Neo conta com proteção contra danos na tela (Gorilla Glass 3). A bateria e o carregamento também são diferentes, com opção de indução somente para o Edge 40.

Com a febre dos anos 2000, os celulares dobráveis também voltaram à moda. Detentora do aparelho mais lembrado dessa época – o Motorola V3 – a marca resolveu adaptar seus smartphones para essa tendência, renovando a linha Razr (a mesma do V3). 

Os primeiros smartphones dobráveis da Motorola foram lançados em 2019. Atualmente, a linha já está em sua quinta geração, com o Motorola Razr 50.

Razr 50

A atual geração da linha Razr chegou ao Brasil apenas na versão Ultra, sem disponibilidade do modelo de entrada no mercado nacional.

Uma das principais melhorias está na tela externa, que teve um aumento significativo. Isso se traduz em mais facilidade no dia a dia, já dá para adicionar gadgets e ter acesso rápido aos apps – permitindo responder o WhatsApp com o celular fechado, por exemplo.

A lente principal da câmera traseira também evoluiu, passando de 12MP para 50MP de definição, atingindo níveis similares aos da linha Edge – a principal da Motorola. E vale destaque também para o desempenho do processador Snapdragon 8s Gen 3, um dos melhores do mercado atualmente.

Razr 40

Até o ano passado, a geração Razr 40 era a única representante dos dobráveis da marca à venda no Brasil.

A versão Ultra se destaca pela tela externa maior que o modelo de entrada dessa geração. Além disso, tem display de melhor resposta, com taxa de atualização de 165Hz, e grava vídeos mais realistas, atingindo 60fps (contra 30fps do outro). Por outro lado, o irmão mais simples tem bateria superior e que carrega mais rapidamente.

A família Moto G surgiu em 2013 e teve boa aceitação do público, tornando-se a mais famosa da Motorola. Em 2021 a marca resolveu facilitar a forma como nomeava os aparelhos e passou a adotar numeração – em uma estratégia similar aos Galaxy, da Samsung. 

Funciona assim: quanto maior o primeiro número, melhor a configuração, enquanto o segundo número diz respeito à geração. A seguir, analisamos por gerações.

Geração de 2024

Pioneiro da atual geração, o Moto G85 chegou sozinho ao mercado nacional para representar a linha. Uma das grandes novidades é a tela de cantos curvos que, apesar de em desuso em marcas concorrentes, parece ser a aposta da Motorola para atrair o público. Ela segue com um display do tipo pOLED, já presente no Moto G84, mas agora mais brilhantes (1,6 mil nits, mais que os 1,3 mil do anterior).

A atualização de sistema operacional curta pode ser um empecilho para os mais exigentes: a Motorola promete apenas uma geração de Android, com três anos de patches de segurança.

Geração de 2023

Os smartphones Moto Gx4 começaram a chegar ao mercado brasileiro a partir de agosto de 2023, com o Moto G14, e foram anunciados até janeiro deste ano.

Com exceção do Moto G04s, mais básico, todos eles contam com armazenamento de 256GB e sistema duplo de lentes na câmera traseira. Mas o destaque da geração é do Moto G84, que faz as melhores fotos, melhor gravação de vídeo melhor (60fps, o dobro dos demais), tem a melhor tela (pOLED, contra LCD dos outros) e o melhor processador (Snapdragon 965).

Vale destacar que somente Moto G84, Moto G54 e Moto G34 têm conectividade 5G; os demais funcionam com 4G.

Geração de 2022

Lançados no começo de 2023 no Brasil, os modelos dessa geração se dividem principalmente entre aqueles que suportam conectividade 5G (Moto G73 e Moto G53) e os que pararam no 4G (Moto G23 e Moto G13).

Moto G73 também se destaca por outros motivos: maior armazenamento e tela de melhor definição e taxa de atualização. Sua câmera é a única dentre esses quatro que consegue gravar vídeos em 60fps (contra 30fps das outras câmeras).

Essa é a família que abriga os smartphones mais básicos da Motorola, para quem busca um aparelho atualizado, mas ainda barato. Apesar de demorar para ser atualizada no Brasil, a lógica é a mesma do Moto G: quanto mais alto o primeiro número, mais recursos, ao passo que o segundo indica a geração do aparelho.

Atualmente, apenas três aparelhos são comercializados no país. Dentre eles, Moto E32 e E22 contam com câmeras de resolução um pouco melhor que o E13, mesmo este sendo mais recente. Os três têm telas de LCD.

O catálogo de smartphones da Motorola conta como principal benefício a facilidade de recorrer à assistência técnica, caso necessário. A empresa está presente no mercado brasileiro há anos e tem autorizadas em diversos pontos do País. Mas para quem está longe de uma, ela oferece a alternativa de fazer coleta via Correios para redirecionamento ao serviço mais próximo.

Por outro lado, a empresa deixa a desejar quando o assunto é manter seus aparelhos atualizados. Aproxima-se do padrão Xiaomi, que costuma oferecer menos atualizações de Android; se comparados aos modelos da Samsung, os celulares Motorola acabam se tornando defasados mais rapidamente.

Edge 50 Ultra: atualmente o melhor smartphone do portfólio da Motorola e um dos melhores do mercado, em performance de software e câmera. Tem o desempenho melhor que 95% dos dispositivos atuais, segundo ranking Antutu. O processador é o Snapdragon 8s Gen 3, o mesmo de concorrentes de alta performance como o Xiaomi Poco F6, acompanhado de 12GB de memória RAM e 512GB de armazenamento interno. A tela do tipo pOLED tem taxa de atualização de 144Hz (acima de modelos top de linha como iPhone 16 Pro Max, ou seja, gráficos ainda mais fluidos), com proteção contra danos do Gorilla Glass Victus. Para sustentar tudo isso, a bateria de 4500mAh conta com o carregador de 125W – segundo a marca, vai de zero a 100% em seis minutos. As câmeras também merecem destaque, já que o laboratório DxOMark coloca o conjunto traseiro acima até mesmo do Galaxy S24 Ultra e no mesmo nível do iPhone 14 Pro Max. A lente principal e ultrawide tem 50MP de definição, cada, mas o grupo também inclui uma teleobjetiva de 64MP. A inteligência artificial é usada para ajudar na estabilização em situações de movimento e também para manter o foco mesmo em cenas rápidas.

Razr 50 Ultra: no Brasil, o concorrente deste smartphone dobrável é o Galaxy Z Flip6. O páreo é próximo, mas dá para destacar vantagens exclusivas do descendente do saudoso V3. A tela tem uma resolução melhor (por conta da tecnologia Dolby Vision presente) e oferece gráficos mais fluídos (tem taxa de atualização de165Hz). O aparelho da Motorola também é melhor para fotos à distância, pois conta com uma lente teleobjetiva de 50MP – o concorrente tem uma ultrawide no lugar. Além disso, a bateria recarrega mais rápido, já que o carregador tem 40W de potência a mais que o celular da Samsung.

Edge 50: a certificação de resistência militar MIL-STD-810G é o grande chamariz deste dispositivo. Provavelmente está entre os dispositivos mais finos com essa garantia, como a própria marca anuncia. Mas o que isso significa? Além do certificado IP (que mede resistência a poeira e água), é com ele que você pode verificar se o seu smartphone está preparado para situações extremas, como altas/baixas temperaturas, umidade, altitude e quedas. No caso deste último fator, a certificação militar atesta a resistência para todo o aparelho, não apenas para a tela (como o Gorilla Glass). Em smartphones regulares, esse tipo de certificação é bem incomum. Geralmente, ela é reservada a modelos de marcas como Blackview e Doogee, dedicadas à fabricação de celulares resistentes. Além disso, conta com boa câmera – um ponto fraco dos aparelhos de alta resistência.

Moto G85: intermediário abaixo dos R$ 2 mil, é mais barato que seu principal concorrente, o Galaxy A55. Apesar de enfrentar algumas desvantagens em relação a ele (câmera inferior), é mais compacto e tem uma bateria de melhor carregamento (30W no carregador de tomada). É o melhor dispositivo da linha Moto G atualmente.

Moto G04s: quem busca um dispositivo barato, este pode ser uma boa solução. Mais em conta que o Galaxy A05 e o Xiaomi Redmi A3, seus principais concorrentes, sai na frente por ser um pouco mais resistente e ser o único dos três que já vem equipado com leitor NFC – ideal para quem gosta de usar o recurso de pagamento por aproximação pelo celular. Já vem com Android 14 e deve receber mais uma atualização de software, caso siga o padrão da linha Moto G.