Foto: Letícia Riby/Estadão Recomenda

Por que comprei o iPhone 16? Veja se vale a pena o upgrade

Por Letícia Riby

Publicado 19/02/2025 17:00

Novo modelo traz avanços em câmera e processador; veja se vale a compra e considerações após 3 meses de uso

Como manda a tradição, em setembro a Apple subiu ao palco para apresentar sua nova linha de iPhones – e, como também manda a tradição, a internet entrou em combustão para debater se as novidades eram revolucionárias ou apenas “mais do mesmo”. A família do iPhone 16 trouxe os modelos de entrada, Plus, Pro e Pro Max, apostando em um botão de ação, a tão falada Apple Intelligence e o novo processador A18 – além do novo 16e, herdeiro dos modelos SE.

E foi aí que a divisão começou: de um lado, os entusiastas exaltando as inovações; do outro, os críticos argumentando que a Apple não traz um “uau” de verdade desde o iPhone 13. Afinal, será que essas mudanças justificam o preço elevado?

Mas, se as críticas estavam no ar, por que esta redatora que vos escreve resolveu investir na versão de entrada do iPhone 16? Após três meses de uso, posso dizer se essa escolha foi um acerto ou um arrependimento. Confira logo abaixo minhas impressões.

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O que o iPhone 16 tem de diferente?

Embora as mudanças sejam tímidas em relação ao iPhone 15, o iPhone 16 traz melhorias pontuais. A câmera dupla de 48 MP + 12 MP permanece, mas agora o modelo de entrada ganha o recurso de macrofotografia, permitindo capturas mais detalhadas de objetos próximos e melhor desempenho em ambientes com pouca luz.

Outro destaque é o aumento da memória RAM, que passou de 6 GB no iPhone 15 para 8 GB no iPhone 16. Essa melhoria proporciona maior fluidez no uso do sistema, melhor desempenho em multitarefa e mais eficiência ao lidar com aplicativos exigentes.

O Apple Intelligence, exclusivo das versões Pro do iPhone 15, chega ao iPhone 16 – sim, desde o modelo de entrada – como um assistente de inteligência artificial para facilitar tarefas como redação, produtividade e comunicação. Ele auxilia na escrita de textos formais ou informais e na organização do dia a dia, embora ainda não esteja disponível em português.

Além disso, esse modelo traz o Controle de Câmera, um botão capacitivo na lateral do aparelho que responde a gestos e diferentes níveis de pressão. Com um simples deslizar do dedo, o usuário pode ativar rapidamente a câmera, tornando a experiência fotográfica mais ágil e intuitiva.

Modelo de entrada

iPhone 16

Disponível nas versões 128 GB, 256 GB e 512 GB

Faixa de preço: R$ 5.300 – R$ 11.000

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Meus critérios para compra

Antes de tudo, é importante dizer que eu não estava disposta a abandonar o sistema iOS. Já estou acostumada com a interface, a integração com outros dispositivos Apple e a segurança que o sistema proporciona. Além disso, meu orçamento não permitia investir em uma versão Pro, então minhas opções ficaram entre o iPhone 15 de entrada e o iPhone 16.

Minha prioridade? De forma bem simples: o botão lateral! Esse novo recurso me chamou muita atenção, pois adiciona uma funcionalidade rápida para ações do dia a dia. Eu adoro fotografia e o novo botão de ação me trouxe uma certa nostalgia dos modelos antigos de câmeras Cyber-shot – que eu amo e ainda uso em toda e qualquer oportunidade –, proporcionando uma experiência mais intuitiva ao capturar imagens.

Outro ponto que pesou na decisão foi a quantidade de GB de RAM a mais da versão 16. No meu antigo iPhone 12 Mini, uma das maiores frustrações era o superaquecimento e a limitação ao alternar entre apps mais pesados. Como costumo usar bastante o celular para edição de fotos e redes sociais, queria um aparelho que oferecesse um desempenho mais fluido.

Além do novo botão e desejo por melhor desempenho, levei em conta (em ordem de prioridade):

✔️ Bateria – a expectativa de uma autonomia melhor foi um fator positivo. Apesar de a Apple não divulgar oficialmente a capacidade da bateria, estima-se uma pequena mudança de 3349 mAh do iPhone 15 para 3561 mAh no iPhone 16.

✔️ Design e acabamento – a estética sempre conta.

Algumas fotos tiradas com a câmera do iPhone 16 (Foto: Letícia Riby/Estadão Recomenda)

Impressões após 3 meses de uso

Já adianto o spoiler: acertei em cheio na escolha! Até agora, minha experiência com o aparelho tem sido extremamente positiva, atendendo (e até superando) as expectativas que eu tinha.

A bateria tem sido uma grata surpresa. Em um dia típico, consigo cerca de 16 horas de uso intenso, e para quem veio de um iPhone 12 Mini, que nos seus últimos dias de vida chegava a durar apenas 2 horas, isso é um avanço enorme. Nos dias em que uso menos o celular, ele passa facilmente das 20 horas sem precisar recarregar.

A câmera também merece destaque. A qualidade das fotos é incrível, com uma riqueza de detalhes impressionante e um foco preciso, tanto na câmera traseira quanto na frontal. Além disso, a fluidez na captura e no processamento das imagens é um grande diferencial em relação ao meu celular antigo.

Outro ponto positivo: após 3 meses de uso, a saúde da bateria segue em 100%, com 144 ciclos – ou seja, o número de vezes que o aparelho utilizou sua capacidade total de carga ainda está dentro de um ótimo parâmetro.

Porém, nem tudo são flores. Meu maior arrependimento? Ter optado pela versão de 128 GB. Apesar de ainda ter 58 GB livres e meu celular não estar lotado, fico com aquela sensação incômoda de que, no meio de um show ou em um momento importante, o armazenamento pode me deixar na mão.

O sistema operacional e os dados do sistema já ocupam 21,48 GB, e só o WhatsApp consome 11,18 GB. Além disso, grande parte do espaço já utilizado vem de apps como Spotify e Instagram, o que me faz pensar que, em alguns meses, a capacidade pode ficar ainda mais limitada.

Se pudesse voltar atrás, provavelmente teria pensado duas vezes e investido na versão de 256 GB, só para ter aquela paz de espírito extra, apesar dos R$ 800 a mais que precisaria investir.