Cores, muitas cores: essa é a impressão que você provavelmente vai sentir quando ligar o Razr 50 Ultra pela primeira vez. Tudo é muito colorido, até hiper saturado, na verdade. Há quem goste, já que passa a impressão de mais vividez. Porém, suas fotos podem parecer bem mais sem vida quando você visualizá-las por outras telas.
Isso acontece porque o celular vem configurado de fábrica para entregar uma intensidade de cores acima do normal. Dá para mudar isso: basta ir em Configurar > Tela > Cores e escolher Naturais.
Porém, mesmo retirando a intensidade, tive a impressão de que as cores ainda parecem um pouco distorcidas. Comparando lado a lado com telas de produtos da Apple e da Xiaomi, o modo Naturais parece mexer no balanço de branco, como se adicionasse uma camada levemente bege por cima.
A outra opção, Intensas, tem um branco mais padronizado, mas entrega a visualização bem mais saturada já citada – mais até que no Edge 50 Ultra, que já tem um padrão acima do comum. Não é necessariamente ruim, mas é preciso lembrar que o mundo não é tão colorido quanto pela tela do Razr 50 Ultra.
Com suas quase 7 polegadas, ele é um pouco mais comprido que várias linhas de smartphones – iPhone 16 Pro Max, Galaxy S24 Ultra, Xiaomi 14T… Não chega a ser incômodo no manuseio, mas é um detalhe importante. Andar com ele dobrado no bolso não é tão estranho quanto pode parecer, já que ele parece uma carteira. Quem se incomodar pode mantê-lo aberto nesses momentos, como um celular comum.
Dobrado, smartphone tem tamanho similar ao de uma carteira. | Foto: Fred Lopes/Estadão Recomenda
Para evitar desgaste da tela pelo abre e fecha constante, há uma elevação nas bordas que suaviza o impacto desse movimento. Na tela, a área da dobra possui uma leve inclinação para baixo quando o smartphone está aberto, mas que passa despercebido na maior parte do tempo. A sensibilidade é a mesma do restante do visor. Por outro lado, ele esquenta com uma certa facilidade quando o uso é intenso – poucos minutos após uma partida de Call of Duty já estava dando os primeiros sinais de aquecimento.
A tela interna já vem com uma película, com vários avisos da marca para o usuário não retirá-la, mas a externa não tem esse tipo de proteção extra. Apesar de parecer resistente, não tem como evitar o medo de riscá-la, então vale a película para os mais cautelosos. O modelo que recebi, na cor Peach Fuzz, tem a segunda parte da traseira revestida em camurça sintética, enquanto as laterais contam com acabamento metálico brilhante. Há outras possibilidades de cores (rosa, azul-marinho e verde) e acabamentos (couro vegano).
Ter uma tela externa é bem útil, já que dá para navegar por qualquer aplicativo com o celular fechado, basta deixá-lo na lista para esse modo. Por outro lado, não são todos os aplicativos que entregam boa visualização na tela externa. Os apps do Google parecem ter bom ajuste, mas o Instagram, por exemplo, entrega uma visualização muito ruim, cortando fotos e impedindo o uso de alguns recursos, especialmente nos Stories.
Tela externa tem interatividade com música e também serve para acesso rápido a apps. | Foto: Fred Lopes/Estadão Recomenda
Além dos aplicativos, a tela externa permite a visualização da agenda, clima e outros gadgets, também personalizáveis. Dá para jogar, mas, claro, não são todos os games que se adaptam. Os gráficos travam facilmente em opções um pouco mais exigentes como Age of Empires, por exemplo, apesar da taxa de atualização de 165 Hz ser a mesma da tela interna; além disso, às vezes fica impossível até mesmo fechar o app.