Escolher o melhor monitor depende da sua necessidade, mas dá para observar alguns pontos para filtrar as opções. A maioria das pessoas leva em consideração apenas o tamanho da tela e se sente confortável com as alternativas médias de 27 polegadas. Não é um erro, mas dá para encontrar monitores bem maiores, caso seja necessário. Alguns podem chegar a quase 50 polegadas, por exemplo.
A proporção de imagem influencia diretamente no “espaço” virtual de uso. A maioria dos monitores atuais são no formato widescreen (16:9), substituindo as opções quadradas (4:3) mais antigas. Mas dá para melhorar: algumas alternativas oferecem a proporção ultrawide (21:9), que amplia horizontalmente o panorama da área de trabalho e é ideal para quem trabalha com muitos programas e aplicativos simultaneamente.
Para quem quer acertar na escolha, porém, precisa avançar nas demais configurações. A primeira a se analisar é o tipo de display. A maioria dos modelos à venda atualmente usam variações de tecnologias LCD. Existem cinco tipos principais:
- TN (twisted nematic): é a opção mais antiga ainda à venda – e também a mais barata. Geralmente são monitores com tempo de resposta de pixel muito rápido, o que agradaria os gamers, mas são bem limitados em questão de contraste e fidelidade de cores, além de um ângulo de visualização ruim.
- IPS (in-plane switching): o líder do mercado, é usado em monitores baratos e também em alternativas de ponta. Essa tecnologia chegou como um upgrade dos modelos TN, por melhorar a capacidade de reprodução de cores e proporcionar ângulos de visão mais amplos – ou seja, uma boa visualização mesmo que você esteja olhando para a tela pela diagonal. Isso acontece porque o IPS opera com os cristais líquidos alinhados em paralelo com o vidro da tela.
- VA (vertical alignment): é o meio termo entre as duas tecnologias citadas anteriormente. Tem ângulo de visão melhor que o TN, mas pior que o IPS. O tempo de resposta de pixel é melhor que o IPS, mas pior que o TN. A vantagem é o contraste, que apresenta melhor definição de preto que no IPS – mas existem tecnologias melhores atualmente.
- OLED (organic light-emitting diode): mais popular em televisões, essa tecnologia está chegando aos poucos também em monitores. É a tela com a melhor taxa de contraste, apresentando um “preto perfeito”. Isso acontece por conta da forma como ela funciona: cada diodo emite sua própria luz, apagando completamente quando não há nenhuma cor a ser exibida. Isso evita o aspecto acinzentado de cenas escuras. Esse tipo de monitor também é capaz de apresentar um desempenho melhor em cores. Por outro lado, estão sujeitos ao efeito burn-in, após um tempo de uso.
- MiniLED: em resposta ao OLED, surgiu o MiniLED, que conta com mais pontos de luz em seu painel, melhorando o contraste de displays IPS/VA. Contudo, são alternativas bem mais caras.
Escolheu a tela ideal? É hora de olhar para a resolução de imagem. A maioria das opções populares têm resolução Full HD (1920×1080). Contudo, monitores com resolução Quad HD (2560 x 1440) e 4K (3840 x 2160) são melhores para tamanhos medianos e grandes – o ganho de nitidez é bem perceptível.
Outro dado importante – principalmente para gamers – é a taxa de atualização. Medida em hertz (Hz), ela indica quantos quadros a tela é capaz de reproduzir, por segundo. Quanto maior o número, mais fluidos são os movimentos. A maioria dos monitores trabalham com 60Hz, mas as melhores opções atualmente são a partir de 144Hz.
Vale a pena também ficar de olho em recursos de melhoria da imagem. Para gamers, ter Adaptive Sync é um grande diferencial, pois sincroniza a geração de quadros da placa de vídeo com a taxa de atualização do monitor (AMD FreeSync e Nvidia G-Sync são os principais padrões atuais). O HDR é outro recurso interessante para usuários comuns, por deixar a imagem mais vívida – mas profissionais que trabalham com cores têm alternativas melhores em monitores OLED ou MiniLED.
Por último, adicionais sempre são bem-vindos. Não é todo monitor que tem saída sonora embutida, mas aqueles que têm dispensam a compra de caixas de som. Ter entrada USB-C ou Ethernet também pode ser um bom diferencial para quem quer transformar o monitor em um hub de produtividade.