Existem algumas formas de se classificar esse periférico. A primeira delas é pela disposição das teclas. No Brasil, os padrões vigentes são ABNT e ABNT-2. Ambos mantêm a mesma ordem do tipo QWERTY, padrão inglês herdado das antigas máquinas de escrever, mas com a adição das teclas Ç e Alt Gr (para acesso fácil a símbolos como ¹, ², ³, ª, º).
Já entre ABNT e ABNT-2 a diferença está na ausência da tecla Alt Gr no primeiro tipo. Existem outros padrões, como AZERTY (mais usado em países francófonos), mas é bem raro encontrar em lojas nacionais.
A segunda forma de classificação é pelo mecanismo de digitação. A divisão fica assim:
- Teclados mecânicos: contam com interruptores individuais na parte de baixo, com mola e mecanismo para cada tecla. Por conta disso, têm resposta tátil mais precisa e são mais duráveis, já que suportam uma quantidade maior de cliques. Por outro lado, são mais barulhentos ao digitar, mais pesados e mais caros. Eles são divididos em outras subcategorias (linear, tátil e clicky), de acordo com o tipo de switch. São indicados para gamers e digitadores frequentes.
- Teclados de membrana: funciona por meio de um sistema de camadas. A primeira, visível ao usuário, conta com os símbolos e botões. Uma camada intermediária, de borracha ou silicone, conecta os pontos de cada tecla com contatos elétricos, da placa de circuito da terceira e última camada. Por conta do formato, são silenciosos, leves e de produção barata. Ideais para quem não passa o dia digitando nem jogando, já que os contatos elétricos podem se desgastar mais facilmente sob uso intenso.
- Teclados híbridos: como o nome revela, faz um mix dos dois mecanismos. Geralmente, utilizam domes de borracha, individuais, para fazer a conexão com a placa inferior. Usam molas ou mecanismos chamados “scissors” para maior resistência. Alguns modelos usam switches mecânicos tradicionais em teclas mais usadas, como os botões WASD e de navegação. São mais baratos que os 100% mecânicos e geralmente é essa a tecnologia dos teclados gamers mais baratinhos.
Outro formato de categorização é a finalidade de uso. Geralmente acompanhando o nome comercial – gamer, de escritório, ergonômico, etc. – esse filtro é interessante pois pensa no mecanismo mais adequado e ainda apresenta recursos extras úteis. Enquanto um modelo ergonômico se preocupa em suporte para descanso e disposição curva para evitar lesões musculares, um periférico gamer apresenta retroiluminação e teclas macro programáveis para aumentar as vantagens de competição.