Um dos maiores desafios, na hora de decorar a casa, é fazer com que a TV harmonize com os móveis, enfeites e tons do ambiente. Afinal, ela está sempre em evidência e, em geral, suas cores monótonas e tamanho exagerado impedem que passe despercebida. É aí que entram as TVs ultrafinas, feitas, justamente, para decorar.
São modelos que buscam colocar o televisor em outro patamar, indo de um mero eletroeletrônico para um item de decoração. Simulando quadros, esses aparelhos contam com tela antirreflexo e com o Modo Arte, recurso que deixa a TV ainda mais parecida com uma obra de arte.
Com esses aparelhos, não tem como ser diferente: o design ousado, moderno e criativo é o ponto forte. No entanto, na gama de TVs disponíveis no mercado, é interessante notar como os mais distintos modelos trazem propostas mais ou menos arrojadas para sua sala de estar, acompanhando tendências e possibilidades do design.
A seguir, confira TVs feitas sob medida para decorar sua casa e ir além do eletroeletrônico.
Smart TV Samsung The Frame
Smart TV 32 QLED Samsung The Frame
A Smart TV 32 QLED Samsung The Frame, por exemplo, é a que mais se aproxima de um quadro. Com 32 polegadas, possui 3 centímetros de espessura, pesa 10 quilos e conta com molduras personalizadas que se acoplam à tela com ímãs, além de pés de apoio duplo para quem quiser colocá-la no rack.
Samsung The Serif
Smart TV Samsung 4K QLED The Serif (55 polegadas)
E a Samsung oferece outra TV que lembra faz de tudo para lembrar uma obra de arte: a Smart TV Samsung 4K QLED The Serif, de 55 polegadas. Desenvolvido por Ronan e Erwan Bouroullec, o aparelho vem com um tripé que faz com que a TV fique integrada ao ambiente como se estivesse exposta. Mas há um ponto negativo: não tem como ir para a parede.
Smart TV LG
Smart TV LG 65” 4K OLED65G1 Evo Gallery Design
Já a Smart TV LG 65” 4K OLED65G1 Evo Gallery Design é um pouco destrambelhada no design: com 65 polegadas, pesa 29 quilos e os pés precisam ser comprados separadamente. Ainda assim, os 2 centímetros de espessura e a parte de trás reta, com uma canaleta inteligente para organizar fios, a tornam atraente no segmento.
Samsung The Sero 2020
Smart TV 43″ QLED 4K The Sero 2020
Por fim, para quem quer uma proposta mais ousada, uma boa saída é a Smart TV 43″ QLED 4K The Sero 2020, da Samsung. Ela conta com uma tela de 43 polegadas que gira, podendo ficar na posição vertical, como se fosse um smartphone. No entanto, problema semelhante ao da The Serif: seu design não permite que vá para a parede exige que fique no chão, o que a torna um pouco engessada.
Conectividade
Em termos de conectividade, três TVs são bem similares por serem do mesmo fabricante: The Sero, The Serif e The Frame, todas com o agradável sistema operacional Tizen. Entre os modelos, porém, pequenos detalhes podem fazer a diferença. A The Sero, por exemplo, conta com integração nativa à assistente virtual Alexa.
No entanto, o mais legal é o recurso Tap View. Com ele, basta encostar na TV um celular da linha Galaxy, também da Samsung, para já espelhar a tela no televisor. Fica bem mais fácil assistir a vídeos, por exemplo. Para deixar a TV na horizontal, é só virar o aparelho que o televisor acompanha o movimento, deixando tudo ainda mais natural.
A The Serif também dispõe do Tap View, ainda que não tenha essa funcionalidade de girar a TV para outra posição. Mas, apesar de alguns engasgos na hora do espelhamento, o recurso deixa o aparelho mais intuitivo. A The Serif ainda conta com NFC e AirPlay 2, facilitando a reprodução de celulares de outras marcas.
Na The Frame, o diferencial é o Modo Arte. Esse recurso coloca uma obra de arte, de sua escolha, na tela da TV, que reduz o brilho e consome até 70% menos energia. Dessa forma, o aparelho fica ainda mais integrado e, com a moldura, é visto como um quadro como outro qualquer.
Por fim, a única mais diferente em termos operacionais é a Evo, da LG. Ela vem com sistema WebOS 6.0, mais confuso e poluído que o Tizen, da Samsung. No entanto, essa sexta versão traz alguns elementos interessantes e mais intuitivos, tornando a navegação um pouco mais agradável em comparação com sistemas anteriores da LG.
Som e imagem
Em termos de qualidade de som e imagem, uma TV é imbatível: a OLED65G1 Evo Gallery Design, da LG. Ainda que a Samsung esteja correndo atrás do prejuízo com a tecnologia de QLED, é o OLED que continua reinando sozinho no mercado. A tela possui uma nitidez muito mais interessante, com cores realçadas e um brilho que vence até a luz do sol direta.
O aparelho também conta com uma alta taxa de atualização, de 120 Hz, abrindo margem para que aparelhos de videogame explorem uma fluidez pouco vista em televisores. Com os consoles Xbox Series X e PS5, é possível jogar alguns títulos em até 120 fps, deixando tudo ainda mais natural e, com bons processadores, apresentando uma taxa de latência baixa.
No som, mais acertos: seis saídas de áudio, de 10 W de potência cada uma. São, portanto, 60 W no total, resultando em um som de qualidade acima do esperado. Juntas, as tecnologias Dolby Atmos e IA Sound Pro tornam os graves mais marcantes do que em outras TVs do mercado – perfeito para fãs de cinema e de séries.
The Frame, The Serif e The Sero possuem qualidade semelhante de imagem. As três TVs contam com tecnologias 4K e QLED, trazendo o máximo de qualidade em imagem que a Samsung pode apresentar. Na The Frame, surpresa para uma boa definição das cores com a ajuda do HDR 10+. Só não dá para abusar do ângulo de visão, prejudicado nas laterais.
O mesmo vale para a The Sero, sem grandes mudanças na tela e nas tecnologias. Já o grande diferencial da The Serif é a entrega em 120 Hz, similar ao que se vê no aparelho da LG. No entanto, não chega perto da qualidade de imagem oferecida pelas telas de OLED, podendo decepcionar quem busca mais qualidade de definição.
Em questão de som, na linha da Samsung, apenas uma delas repete o feito da LG: a The Sero conta com alto-falantes de 4.1 canais, com 60 W. Com uma ajudinha da tecnologia Dolby Digital Plus, o som preenche o ambiente. Mais atrás está a The Serif, que, com quatro alto-falantes, bate os 40 W. Por fim, a lanterninha é a The Frame, com fracos 20 W. Não é uma potência exageradamente ruim. Contudo, para uma proposta como a da The Frame, é esperado um pouco mais de qualidade no áudio. Ambientes espaçosos podem se tornar um desafio para o televisor, que não consegue preencher sua totalidade. Além disso, aquele problema de sempre: os graves somem, deixando a experiência mais linear.
Preço
Por fim, aquilo que mais preocupa na hora de decidir a TV que vai na sala: o preço. Das quatro analisadas, uma é bem mais barata: a The Frame, que tem um tamanho mais compacto, fica na faixa dos R$ 2,3 mil – preço um pouco mais salgado quando comparado com o das outras TVs de 32 polegadas, mas justificado pelo design.
Depois, duas estão em um patamar próximo de preço: a The Sero, na casa dos R$ 7,5 mil, e a The Serif, por quase R$ 9 mil – também preços salgados para modelos de 43 e 55 polegadas, respectivamente, mas que saem em uma faixa intermediária dentro da proposta de televisores que se camuflam no design das casas.
Já a que mais pesa no bolso é a Evo, da LG. Encarecida por causa da tecnologia OLED e pelo tamanho de 63 polegadas, a TV pode ser encontrada por preço em torno de R$ 13,5 mil. Apesar de o preço assustar, acaba sendo condizente com o que geralmente é cobrado pela fabricante em suas TVs com tecnologia OLED, mais caras do que a média geral do mercado de televisores.