14 dicas para curtir o carnaval sem perrengue

Preste atenção ao celular, ao figurino e hidrate-se para garantir sua longevidade na folia

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Foto do author Adriana Moreira
Atualização:

Oficialmente, a terça-feira gorda de carnaval é só em 21 de fevereiro. No entanto, os bloquinhos já estão tomando as ruas de várias cidades com seus ensaios e desfiles fora de época - em São Paulo, a programação oficial vai pelo menos até 26 de fevereiro.

Mas embora o clima seja de diversão, é preciso ficar atento para que a festa não se transforme em uma grande dor de cabeça, especialmente em relação à segurança. Em 2020, último carnaval oficial antes da pandemia de coronavírus, os roubos e furtos de celulares corresponderam a 60% dos roubos e furtos durante a folia. Este ano, serão 511 desfiles entre os dias 11 e 26 de fevereiro - mas há mais blocos circulando antes e depois dessas datas.

Para curtir o carnaval em segurança - seja em São Paulo ou em outras cidades festeiras -, reunimos algumas dicas de foliões experientes. Como esta repórter, por exemplo, que já passou carnavais em Olinda, Rio e São Paulo e este ano estará também em Salvador.

Roupas e acessórios

1. Use fantasias leves

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Fantasias leves e com brilho: tendência na Rua 25 de Março, em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

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Para aguentar o calor do verão ao longo de horas de folia, privilegie fantasias leves. Aquela roupa de Darth Vader pode fazer sucesso nas festas à fantasia, mas não é uma boa ideia para o carnaval. Da mesma forma, fantasias com asas de arame vão incomodar você e quem estiver ao seu redor - e com certeza elas voltarão quebradas para casa. Prefira acessórios leves - e pode abusar da criatividade. Hot pants, maiôs, tops e muito brilho são opções que garantem um visual carnavalesco e confortável.

2. Prefira tênis a sandálias

Nos pés, prefira tênis a sandálias ou chinelos para se proteger de cacos de vidro e pisões em meio à multidão (além de coisinhas nojentas que podem estar pela rua). Escolha um tênis velho, para sujar sem dó, e que seja confortável para aguentar a peregrinação de bloco em bloco sem formar bolhas. Se for impermeável, melhor ainda - afinal, chove bastante nessa época do ano.

3. Leve no bolso ou na pochete

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Se tiver um espacinho, leve protetor solar em um frasquinho pequeno para reaplicar no rosto ao longo do dia. Álcool em gel e lenço de papel são itens úteis, especialmente para usar os banheiros químicos.

Segurança

4. Celular

O ideal mesmo seria deixar o celular em casa. Mas nunca, jamais coloque o celular no bolso, nem por um minutinho. Leve o aparelho na doleira, por baixo da fantasia (a pochete vai por cima de tudo), e só use dentro de algum estabelecimento. Ainda assim, não é indicado que esse celular tenha suas senhas salvas em blocos de notas, nem aplicativos de banco.

Para não precisar desinstalar, muita gente tem preferido levar um celular mais antigo, sem aplicativo de banco ou redes sociais.

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Pochete deve levar acessórios: celular e cartão vai na doleira Foto: TIAGO QUEIROZ

Caso não queira seguir os conselhos acima, coloque os aplicativos de banco dentro da Pasta Segura de seu aparelho, que exige uma segunda senha de desbloqueio. Da mesma forma, diminua o tempo de duração de luz de fundo para o tempo mínimo para não haver risco de seu telefone ser pego desbloqueado. Outra medida é colocar seus aplicativos mais importantes (redes sociais, bancos) na Pasta Segura, que exige uma senha própria para ser desbloqueada. Além disso, diminua seu limite diário de transferências e pix no banco.

Ative o serviço Encontre Meu Dispositivo do Android (ou o Buscar no iOS) para conseguir apagar os dados do seu aparelho rapidamente. Dessa forma, você terá acesso também ao número IMEI do seu aparelho, útil para bloqueá-lo em caso de perda ou roubo.

5. Cartões

Prefira levar dinheiro para comprar a bebida de ambulantes, em vez de cartões. Um golpe comum nos carnavais, feito por ambulantes golpistas, é aproveitar do estágio embriagado dos foliões para trocar seu cartão com outro. Confira se o valor está correto, e prefira comprar bebidas de ambulantes cadastrados. Se ver alguém com um isoporzinho pequeno, com cara de quem improvisou vendas para ganhar um extra, desconfie.

Uma solução prática é colar uma fita adesiva no seu cartão para que você possa identificá-lo facilmente. E embora o pagamento por aproximação facilite muito a sua vida, também vai facilitar a vida de golpistas caso você seja furtado ou perca o cartão na multidão. Melhor desativar o serviço com seu banco. Ah, assim como o celular, o cartão do banco também deve ir na doleira.

6. Bebidas

E por falar em bebidas e ambulantes, o ideal na rua é beber apenas bebidas que venham lacradas. São várias as razões: higiene, misturas suspeitas e até golpes com “boa noite Cinderela”. Melhor deixar para tomar aquela caipirinha no bar da esquina. Aliás, não aceite bebidas de estranhos, nem dê um golinho para “experimentar” a bebida de alguém (e sim, aquele cara/garota que você acabou de conhecer e parece incrível também são estranhos).

7. Evite circular sozinho

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Especialmente em ruas ermas ou à noite, procure estar sempre com um amigo - se possível, desvie a rota para um local mais movimentado ou peça um carro de aplicativo, mesmo para distâncias curtas. Da mesma forma, fique atento ao movimento ao redor - os ladrões costumam preferir vítimas distraídas.

Saúde

8. Sol

Antes de sair de casa, passe uma boa quantidade de protetor solar e, se possível, leve um pouco em uma embalagem menor para poder reaplicar ao longo do dia. Se sua fantasia incluir viseira ou chapéu, melhor ainda. Sombrinhas de frevo são ótimas para oferecer uma proteção adicional - e ainda vira ponto de referência para encontrar os amigos. Dica: coloque um cordão para deixá-la à tiracolo quando não estiver usando e poder manter as mãos livres.

9. Maquiagem

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Aquela maquiagem que você comprou pro carnaval de 2020 provavelmente já passou do prazo de validade. Melhor comprar novas para evitar alergias (ninguém quer ir para o bloco com a pele empolada, não é mesmo?).

Maquiagem com glitter: fita adesiva ajuda a retirar o excesso no fim do dia Foto: TIAGO QUEIROZ

Se for usar glitter, passe antes o protetor solar. Feito com microplásticos, o glitter pode causar alergia e também traz danos ao meio ambiente, mas também há versões biodegradáveis, consideradas ecologicamente corretas. Para retirar o glitter sem machucar a pele, use uma fita adesiva para tirar o excesso e, depois, um demaquilante ou óleo bifásico (óleo de coco também é uma boa opção).

10. Hidratação

Lembre-se de se hidratar - com água, ok? Cerveja e drinques podem dar uma sensação de frescor, mas o álcool desidrata o corpo. Beber água em abundância vai garantir sua longevidade no bloco (e na folia), além de diminuir as chances de ressaca. Da mesma forma, é importante dar uma pausa para se alimentar. Beber de estômago vazio nunca é boa ideia.

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Confira aqui dicas de refeições energéticas para ter disposição para curtir o carnaval.

11. Doenças

Sem querer ser a chata, mas... no carnaval os casos de mononucleose, conhecida também como doença do beijo, aumenta exponencialmente. A contaminação não é apenas pelo beijo, mas também por contato com a saliva no espirro, em copos ou talheres. Os sintomas mais comuns são febre, dor nas articulações e dor de garganta. E nunca é demais lembrar: use camisinha para se prevenir de ISTs. Você pode pegar gratuitamente nos postos de saúde e em diversas estações de metrô.

Além disso, vale lembrar que a pandemia ainda não acabou. Se você ainda não tomou as quatro doses da vacina contra o coronavírus, ainda dá tempo de reforçar seu sistema imunológico antes do carnaval.

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Comportamento

12. Banheiro

Nem sempre há banheiros suficientes - e nem sempre o folião tem paciência de esperar. No entanto, muitas cidades, como Rio e São Paulo, aprovaram leis que punem quem faz xixi na rua com multa. No Rio, o valor é de R$ 748,61 e reincidentes pagam R$ 1.180. Em São Paulo, a multa é de R$ 500.

Fazer xixi na rua pode render multa no carnaval Foto: FELIPE RAU

13. Transporte

O uso de máscara (não a de carnaval, mas a cirúrgica) é obrigatório no transporte público em São Paulo.

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Nos carros de aplicativo, saiba que passar mal ou sujar o banco com glitter pode render cobranças extras para o passageiro. Vale mandar uma mensagem ou conversar com o motorista antes de entrar no carro para evitar problemas.

14. Não é não

Nada de puxar a pessoa pelo braço, pelo cabelo ou forçar beijo. Não é não - e assédio é crime. A Lei da Importunação Sexual (13.718/18) tornou crime a prática de atos libidinosos – de cunho sexual, como toques inapropriados – sem consentimento da vítima. A pena é de um a cinco anos de prisão.

Mulher com manto escrito "Não é Não": importunação sexual é crime Foto: TABA BENEDICTO
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