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Aeroporto de Congonhas retoma voos após falha em torre de controle

Interrupção no abastecimento externo de energia paralisou atividades por cerca de uma hora e meia; operação voltou às 15h51, segundo a gestora do terminal na zona sul de SP

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Foto do author Rariane Costa
Foto do author Caio Possati
Atualização:

O Aeroporto de Congonhas retomou os pousos e decolagens na tarde desta sexta-feira, 15, após falha no abastecimento externo de energia que afetou a torre de controle, segundo a Aena, empresa que administra o terminal, na zona sul de São Paulo. A paralisação foi às 14h25 e o restabelecimento, segundo a concessionária, às 15h51.

Decolagens e pousos foram suspensos no Aeroporto de Congonhas por mais de um hora; filas de passageiros tomaram o saguão Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

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De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a falha no abastecimento de energia da torre do Aeroporto de Congonhas ocorreu devido à ocorrência de fogo na linha de transmissão, às 13h59, próxima ao aeroporto. Ainda de acordo com a Aeronáutica, os voos foram alternados para os aeroportos de Confins (MG), Galeão (RJ) e Campinas (SP).

No total, 28 tráfegos não decolaram a partir de Congonhas durante a janela de interrupção e 19 seguiram para pouso em locais alternativos.

A Enel, empresa fornecedora de energia elétrica, também em nota, informou que apura as causas da falha. “Uma ocorrência na rede elétrica que abastece o aeroporto de Congonhas causou a interrupção no fornecimento de energia na localidade. A distribuidora realizou manobras em sua rede e atuou para restabelecer o serviço, que já encontra-se normalizado. A empresa ainda apura as causas do ocorrido.”

Falha no abastecimento externo de energia afetou a torre de controle, segundo a empresa que administra o aeroporto Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

A concessionária responsável pelo aeroporto recomenda que todos os passageiros com voos marcados para esta sexta-feira entrem em contato com as companhias aéreas para verificar a situação dos voos. Congonhas registra, diariamente, um fluxo de público superior a 70 mil passageiros.

Por volta das 17h, o saguão onde ficam os guichês das companhias aéreas ainda estava com um alto volume de pessoas, apesar da normalização das operações. Era difícil entender o fim e o começo das filas, que chegavam a cruzar todo o salão. Nos painéis que informam os horários e situações de voos constava a informação de que os trajetos estavam atrasados ou cancelados. Poucos eram os voos confirmados ou com embarque iniciado.

Juliana Alves Boueres, técnica em Óptica, estava com viagem marcada para Belo Horizonte às 17h. Pouco depois das 15h, quando já estava no aeroporto, soube do cancelamento do seu voo. “Um grupo de amigos tem passagens para (Belo Horizonte) às 20h. Vou tentar pegar nesse horário”, disse Juliana à reportagem, enquanto aguardava na fila destinada para o reagendamento de passagens. Apesar de estar desde às 15h30 na fila, cerca de 30 pessoas ainda estavam na frente dela.

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O consultor tributário Diego Bertin conseguiu superar as filas para reagendar seu voo para Florianópolis. Porém, a viagem foi remarcada para sábado, 16. “Agora vou precisar arranjar um hotel para dormir aqui em São Paulo.”

O consultor é de Campinas, interior do Estado, e estava com planos para viajar para Santa Catarina com o filho e se e encontrar com a mulher, que já se encontra na capital catarinense. “Consegui pressionar e conseguir uma passagem para 7h20. Vamos perder uma manhã de passeio, mas pelo menos vamos conseguir ir”, ponderou.

Somente depois das 18h é que as filas diminuíram no saguão de embarque.

O professor de Sociologia Sérgio Amadeu, da Universidade Federal do ABC, sentiu os impactos das falhas do sistema de Congonhas de outro modo.

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Ele estava no Rio de Janeiro para participar de um evento acadêmico, e voltaria para São Paulo no começo da tarde. Por causa dos problemas, o voo para a capital paulista, previsto para Congonhas, atrasou por mais de uma hora.

“A gente ficou sabendo que houve uma pane elétrica e que o nosso voo sofreria esse atraso”, disse. Ele relata que a paralisação das operações também afetou as atividades do aeroporto Santos Dumont, no Rio. “Eu vi que gerou uma série de atrasos em várias aeronaves”.

Apesar dos problemas, ele conseguiu aterrissar em São Paulo e não em Campinas, para onde alguns dos aviões estavam sendo direcionados. “Ainda bem que não fui para (o aeroporto de) Viracopos (em Campinas) porque meu carro está aqui no estacionamento”, disse, aliviado.

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Nas redes sociais, internautas reclamaram dos cancelamentos e de aglomeração no aeroporto.

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