Aeroporto de Guarulhos tem nova falha em sistema de navegação

Problema causou atrasos e cancelamento de voos nesta terça, 3. Sistemas estão operando normalmente segundo concessionária

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Por Juliana Domingos de Lima e Caio Possati
Atualização:

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande SP, registou atraso e cancelamento de voos nesta terça-feira, 3, devido à intermitência nos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS, sigla em inglês) específico para aeronaves. É a segunda vez em menos de um semana que o terminal registra operações afetadas em razão de problemas no funcionamento do sistema, que serve como um GPS aos aviões.

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A concessionária responsável pelo aeroporto, GRU Airport, confirmou que algumas empresas aéreas enfrentaram atrasos pontuais nas decolagens nesta terça, mas que os sistemas de navegação aérea estão operando normalmente desde o início da tarde.

A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) detectou sinais interferentes que podem ter interferido no funcionamento do GNSS, e afirma que investiga a fonte da interferência.

Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, é o mais movimentado do Brasil Foto: Werther Santana/Estadão

A companhia Gol Linhas Aéreas declarou ter registrado “impactos pontuais” na sua operação no aeroporto na manhã desta terça-feira, devido a interferências no sinal do sistema GPS.

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Segundo a empresa, todos os clientes afetados receberam as facilidades previstas e a situação está sendo gerenciada em conjunto com a administração do aeroporto. A Gol também afirma que outras companhias aéreas foram afetadas.

A Latam informou que suas operações no terminal de Guarulhos já estão normalizadas. “Algumas decolagens sofreram atrasos na manhã desta terça-feira (3/9) devido a questões técnicas do aeroporto, fato totalmente alheio ao controle da Latam”, informou, em nota. A empresa não divulgou os voos afetados.

A companhia ainda disse adotar “todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos”.

A Azul informou em nota que, por conta de problemas no sistema de GPS do aeroporto de Guarulhos, os voos AD4826 (Guarulhos-Curitiba) e AD2818 (Curitiba - Guarulhos) precisaram ser cancelados, enquanto que voos AD4769 (Guarulhos-Cuiabá), AD2836 (Guarulhos Recife), AD6072 (Guarulhos - Belém), AD4830 (Guarulhos-Curitiba) e AD2749 (Guarulhos Recife) decolaram com atraso.

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“Os Clientes impactados estão recebendo toda a assistência necessária, conforme prevê a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e serão reacomodados em outros voos da Companhia”, disse a companhia. Conforme a empresa, ações como atrasos e cancelamentos foram feitos para “garantir a segurança das operações”.

A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) afirma ter sido informada das novas interferências pela Administração do Controle Aéreo Regional de SP.

Na manhã de terça, a gerência da Anatel São Paulo detectou sinais interferentes com estações de monitoramento da agência no aeroporto de Guarulhos. Equipes de fiscais foram a campo para tentar localizar a fonte da interferência. Segundo a Anatel, a equipe de fiscais segue em busca da fonte interferente para solucionar o problema.

A GRU Airport declarou que “as equipes técnicas estão trabalhando para identificação e tratativa do problema”.

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Falha anterior foi causada por interferência de sinal

Uma falha no sistema de navegação há havia causado atraso e cancelamento de voos na manhã da última quinta-feira, 29. Segundo a Anatel, na ocasião, o problema foi provocado pela presença de sinais de radiofrequência que interferiram com o sinal de GPS/GNSS do aeroporto, afetando as operações aéreas.

Uma primeira análise feita pela agência indicou que o sinal teria partido do centro de Guarulhos. De acordo com a Anatel, o sinal interferente deixou de ser detectado antes que a fonte pudesse ser localizada, mas a agência continuou monitorando o espectro na região.

A transmissão de radiofrequências sem autorização configura crime federal.

A Força Área Brasileira (FAB) também precisou ser acionada para ajudar a GRU nas investigações, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e a diminuir os impactos causados pelo problema.

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A FAB informou que uma aeronave do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) fez “a inspeção de radiomonitoragem no entorno do aeródromo” para identificar o que afetou a capacidade dos GNSS das aeronaves, e que o Decea dispõe de “procedimentos alternativos ao sistema de navegação para dar continuidade às operações de pousos e decolagens sem interrupções”.