SÃO PAULO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou procedimento administrativo para apurar o cumprimento do plano de emergência pela empresa internacional Centurion, que interditou a pista do Aeroporto de Viracopos por 46 horas com um avião de sua propriedade que sofreu uma pane. O procedimento também investigará se o operador aeroportuário cumpriu o planejamento de emergência. A Anac informou que pode aplicar penalidades à companhia aérea, dentre elas multas, restrições operacionais e até a suspensão das atividades da empresa no país.
Segundo a Anac, o Plano de Emergência, elaborado pelo operador aeroportuário, é um documento que estabelece as responsabilidades dos órgãos, entidades ou profissionais que possam ser acionados para o atendimento às emergências ocorridas no aeroporto ou em seu entorno. No planejamento está incluso o Plano de Remoção de Aeronaves Inoperantes e Desinterdição de Pista, documento que tem como objetivo o retorno às operações na área onde ocorreu a emergência. As operações no aeroporto só foram retomadas às 17h33 de ontem, depois de 46 horas de interdição da pista.
A agência encaminhou inspetores ao Aeroporto de Viracopos para fiscalizar a prestação de assistência aos passageiros cujos voos foram afetados. A Anac informou que as empresas trataram corretamente seus clientes, mas as companhias foram notificadas, assim mesmo, para que, em 15 dias, comprovem esta assistência aos passageiros.
Caos. Ao todo, 40 mil pessoas foram prejudicadas pelo incidente. De acordo com a Infraero, no período em que o aeroporto ficou fechado foram canceladas 235 partidas e 260 chegadas. A companhia aérea Azul foi a mais atingida e até a noite desta segunda-feira, 15, não tinha previsão sobre o número de dias que levará para colocar em dia os voos cancelados.
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