Apesar de pressão, Tarcísio afirma que não vai tirar Derrite da Segurança Pública

Governador disse que entende reação dos pais de estudante de medicina morto por PM, mas não cogita trocar secretário: “Existe um desejo de ver justiça e acho que tem de acontecer”

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Foto do author Geovani Bucci

Apesar do aumento de casos de violência praticada por policiais - crescimento de 46% das mortes por PM em 2024 ante o ano anterior, segundo dados do Ministério Público - e da campanha pela substituição do secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira, 13, que Derrite será mantido no cargo.

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“Não pretendo fazer mudanças, por ora”, afirmou o governador durante evento no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, o primeiro da agenda de trabalho retomada nesta segunda-feira. A onda de críticas tem sido intensificada pela família do estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, baleado por um policial militar após dar um tapa no retrovisor de uma viatura em novembro.

Tarcísio considerou normal a reação dos pais de Acosta, que têm dado declarações cobrando punição aos policiais envolvidos na morte do estudante,. “Existe um desejo de ver justiça e acho que tem que acontecer. Os responsáveis serão apresentados (à Justiça) e irão a julgamento”, afirmou.

Questionado sobre o aumento de casos de violência cometida por policiais, o governador afirmou que estão sendo feitas alterações no treinamento das tropas de rua, com a adoção de um novo programa, e disse que excessos não serão tolerados. ”Aqueles que estão se excedendo e não cumprindo os procedimentos estabelecidos serão severamente punidos”, disse Tarcísio.

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“A ideia é intensificar ações de treinamento, mais aquisição de material de capacitação neuromuscular, ou seja, mais armamento não letal.” O governador também explicou que está sendo feita uma “reciclagem”, com apresentações de casos em que houve abusos por parte dos policiais.

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