A greve conjunta dos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que afetou parcialmente o funcionamento das linhas do transporte sobre trilhos na Grande São Paulo, durou até a meia-noite desta terça-feira, 28. Segundo a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, a ideia era fazer uma paralisação de 24 horas.
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A greve conjunta de funcionários do Metrô e da CPTM prejudicou o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM.
A paralisação é em protesto ao plano de privatizações do governo do Estado, o que inclui a Sabesp - o projeto de venda da estatal de saneamento está em debate na Assembleia Legislativa -, e linhas de trens e de metrô. Os sindicatos afirmam que as concessões precisam ser melhor discutidas com a sociedade.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, disse que a greve não vai interromper o projeto e chamou o movimento de “político” e de “deboche” contra a sociedade. O Estado estima um prejuízo de R$ 60 milhões para o comércio com a paralisação, que também foi alvo de críticas do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O movimento grevista não tem como pauta reivindicações salariais, como em movimentos anteriores, e mira sua atuação na crítica ao plano de privatizações de Tarcísio. Especialistas ouvidos pelo Estadão dizem que esse tipo de greve tem sido considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, por não estar centrada em reivindicações trabalhistas.
Na segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 80% dos funcionários do Metrô deveriam trabalhar no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e 60% do efetivo nos demais períodos, durante a greve da categoria marcada para esta terça, sob pena de multa diária de R$ 700 mil ao sindicato dos metroviários caso a determinação fosse descumprida.
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