Avião bimotor que seguia de Jundiaí para São Paulo cai na Serra do Japi

Aeronave partiu de Jundiaí, mas retornou ao ponto de partida depois de não conseguir pousar no Campo de Marte e fez último contato às 23 horas de quinta-feira, quando sobrevoava a região

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Foto do author Caio Possati
Atualização:

Um avião bimotor, que seguia de Jundiaí para a cidade São Paulo na noite da última quinta-feira, 28, caiu na Serra do Japi. A aeronave teria feito um último contato, via rádio, por volta das 23h, quando sobrevoava a região.

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Destroços de uma aeronave foram localizados pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, por volta das 17h40 desta sexta-feira, 29, mas não foram confirmadas se as peças encontradas são do mesmo bimotor desaparecido. Também não há ainda informações da localização e do estado de saúde do piloto, único tripulante do avião

As buscas pelo condutor do avião e os trabalhos para confirmação se os destroços encontrados são da aeronave desaparecida precisaram ser interrompidas por volta das 20h30, com o anoitecer.

A área é descrita como um terreno de mata fechada, vegetação densa e relevo montanhoso, o que prejudica e dificulta a realização do trabalho e a progressão no terreno. Por esses motivos, a estratégia da PM e dos Bombeiros foi paralisar as buscas nesta sexta e retomar na manhã deste sábado, 30. A Força Aérea Brasileira, que também está no local, deve continuar no local. “Equipes da FAB prosseguirão com as tentativas de acesso durante a noite para identificação dos destroços e eventuais socorros que necessitem serem prestados”, informou a Defesa Civil de São Paulo.

Helicóptero da PM encontrou destroços de um avião na Serra do Japí. Foto: Polícia MIlitar de SP/Divulgação

O bimotor decolou do aeroporto de Jundiaí com previsão para aterrissar no Campo de Marte, zona norte da capital, conforme a Defesa Civil. Porém, por não conseguir pousar a nave, o piloto teria decidido retornar ao ponto de partida.

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O motivo para a manobra não foi informado e, ainda segundo o órgão, não havia chuva significativa na região serrana de Jundiaí no momento em que o piloto fez o último contato.

O Corpo de Bombeiros recebeu um chamado para queda de uma aeronave, na Serra do Japi, por volta das 15h desta sexta-feira, e deslocou equipes ao local. O helicóptero Águia 10, da Polícia Militar, e a Força Aérea Brasileira apoiaram as buscas.

Conforme o Supervisor do Centro de Operações Aeroportuária, a aeronave desaparecida é um bimotor de modelo PA-34-220T e prefixo PT-WLP.

No Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), consta que o avião não tinha permissão para táxi aéreo, mas a situação de aeronavegabilidade é considerada normal.

A aeronave pertence à empresa HKTC do Brasil S.A, do setor de importação e exportação. Em nota, a empresa diz que “infelizmente houve um incidente com uma aeronave de sua propriedade”, e que está acompanhando as buscas e prestados as informações necessárias para as autoridades competentes.

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No mesmo comunicado a HKTC confirma que o piloto, descrito como “experiente”, era o único tripulante do avião e que fazia o traslado da aeronave. “Neste momento, a empresa aguarda apuração dos fatos e se manifestará novamente assim que as investigações encerrarem”, diz a nota.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) foram acionados nesta sexta para realizar “a ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-WLP, na região da Serra do Japi, em Jundiaí (SP)”.

“O avião estava desaparecido desde a quinta-feira (28/03) e foi encontrado nesta sexta-feira”, diz a nota da FAB, que vai investigar as causas do acidente.

“A conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

Para as próximas horas, a previsão meteorológica para área da Serra do Japi é de precipitações isoladas, em decorrência da soma da umidade do oceano com o calor da região, mas sem risco para temporais.

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No entanto, a possibilidade de formação de nuvens no final da tarde acabará influenciando visibilidade horizontal, prejudicando voo de pequenas aeronaves, principalmente em regiões mais serranas.

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