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Histórias de São Paulo

Ex-sem-teto, aposentado mantém rotina de militância

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Condomínio João Cândido, do MTST, em Taboão da Serra, construído pelo Minha Casa Minha Vida Entidades / Fotos de Sergio Castro/Estadão  

 

O aposentado José Ferreira da Silva, de 67 anos, não se cansa de agradecer a conquista de um apartamento no condomínio João Cândido, no Jardim Salete. "É um presente", diz seu Ferreirinha, como é conhecido no MTST. Morando com a mulher, Maria Costa Gomes, de 70 anos, em um apartamento de 63 metros quadrados, assoalho de lajotas brancas, portas adaptadas para eventual necessidade especiais, com três dormitórios, sala, cozinha, área de serviço, sacadinha em prédio com elevador, em Taboão, Ferreirinha lembra que passou "dez anos" à espera da casa nova vivendo em acampamento e em casa alugada "apertadinha".

  José Ferreira da Silva com a mulher, Maria, e a neta, Thalia  

Feliz com o apartamento, ferrenho defensor do MTST, Ferreirinha costuma marcar presença em manifestações como um soldado do movimento. Pernambucano de Palmares, é ligado ao MTST desde o acampamento Chico Mendes, no Taboão, ocupação de terra de setembro de 2005. A família paga uma mensalidade de R$ 38,00 pelo imóvel, mais R$ 7,00 de água, R$ 69,00 de luz e R$ 49,00 de gás.

Um dos três quartos do apartamento de 63 m2 do condomínio João Cândido  

 "Aqui o que está faltando é escola e posto de saúde por perto", disse. "O resto está muito bom", completou.

João Vieira Alves, aposentado, em seu apartamento de dois  quartos  

Em um apartamento de 2 quartos, com 54 metros quadrados, o vigilante aposentado João Vieira Alves, de 50 anos, é outro entusiasmado sem-teto com teto. Ele recebeu o imóvel em março. Solteiro, militante do MTST assumido, disse que agora "só falta arranjar a encrenca", referindo-se a uma namorada. "A casa, já tenho", declarou.

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