Vereadores do município de São Sebastião, no litoral paulista, autorizaram na terça-feira, 14, a abertura de um processo de cassação contra o prefeito Felipe Augusto (PSDB). O pedido foi feito pelo advogado Roberto Magiolino, a partir de denúncias apresentadas pelo Ministério Público e que constam em operação policial que está em tramitação e investiga desvios de recursos da saúde.
O requerimento aponta possíveis ilegalidades na administração municipal em 2020, durante a pandemia de covid-19. Segundo o advogado, os atos ilícitos se deram durante a compra de produtos, equipamentos, prestação de serviços e instalações dos hospitais de campanha.
A denúncia acompanhou arquivos digitais da “Operação Mar Revolto”, na qual tanto o prefeito, quanto secretários e servidores são apontados como réus. O arquivo também une análises técnicas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, no qual, Magiolino afirma que “pode-se constatar as ilegalidades, bem como o prejuízo causado aos cofres públicos.”
A votação foi em sua maioria em favor da abertura do processo de investigação. A comissão responsável pelo processo foi escolhida por meio de sorteio e ficou nas mãos dos vereadores Giovani Pixoxó (MDB), como presidente, Diego Nabuco (PSDB), como relator, e Daniel Simões (PP), como membro. A comissão tem o prazo de cinco dias para iniciar os trabalhos e 90 dias para finalizar o processo.
O processo ocorre logo após crise ocasionada por fortes chuvas que abalaram o município em fevereiro deste ano.
Em nota, o prefeito Felipe Augusto afirma que ainda não foi notificado pela Câmara Municipal. “Contudo, ele reafirma seu compromisso com o povo sebastianense neste momento de crise humanitária e segue trabalhando, diariamente, juntamente com os governos federal e estadual para reconstruir São Sebastião”, disse ele em comunicado.
Correções
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.