SÃO PAULO - Considerado o principal sistema hídrico de São Paulo, o Cantareira foi o único dos principais mananciais a registrar aumento no volume armazenado de água, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 4. Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande sofreram perda, enquanto Alto Cotia e Rio Claro ficaram estáveis.
De acordo com a Sabesp, os reservatórios que compõe o Cantareira avançaram 0,1 ponto porcentual e operam com 65,8% da capacidade. No dia anterior, o índice estava em 65,7%. Esse dado, tradicionalmente divulgado pela companhia, calcula o volume morto como se fosse volume útil do sistema.
Esta é a 49ª alta consecutiva do manancial, que há mais de cinco meses não registra perda no volume de água represada. O Cantareira caiu pela última vez no dia 22 de outubro. Na ocasião, o nível do sistema baixou de 15,7% para 15,6%.
A pluviometria do dia na região foi de apenas 0,8 milímetro. Nos quatro primeiros dias de abril, que inicia o período seco, choveu apenas 0,9 mm no valor acumulado. Em março, no entanto, o sistema superou a expectativa de chuva, com 179,6 mm acumulados - pouco acima da média histórica, de 178 mm.
O índice que desconsidera o volume morto do sistema aponta o Cantareira com 36,5% da capacidade - 0,1 ponto porcentual acima do dia anterior, quando os reservatórios registravam 36,4%. A mesma variação ocorreu no terceiro índice, segundo o qual o sistema subiu de 50,8% para 50,9%.
Outros mananciais. Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga perdeu 0,3 ponto porcentual da sua capacidade. Com a queda, o nível do sistema recuou de 86,9% para 86,6%. Por sua vez, o Alto Tietê caiu 0,1 ponto e opera com 42,9%. Esse índice já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014.
O Rio Grande teve recuo de 0,2 ponto porcentual e o nível do sistema passou de 96% para 95,8%. Já o Alto Cotia e o Rio Claro ficaram estáveis em 100% e 101,9%, respectivamente.
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