O sistema de monitoramentos com câmeras inteligentes da cidade de São Paulo, o Smart Sampa, conta agora com um novo aliado tecnológico para reforçar as ações de seguranças. Trata-se do cão-robô da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que começou a ser usado no patrulhamento de grandes ações.
Utilizado na virada do ano na Avenida Paulista, estreia da National Football League (NFL) e o Grande Prêmio de Fórmula 1, o objetivo é que o novo robozinho ajude a combater crimes, principalmente, em grandes eventos.
Equipado com câmeras inteligentes de alta resolução que captam e transmitem imagens em alta resolução e em tempo real diretamente para as câmeras da central do Smart Sampa, localizada no centro da cidade, o cão-robô consegue entrar em espaços confinados, pular, subir e descer escadas. A rede do Smart Sampa tem 23 mil câmeras pela cidade e a meta do governo é atingir 40 mil equipamentos até o fim do ano.
Essas imagens, por meio de reconhecimento facial, possibilitam detectar pessoas desaparecidas, foragidos e veículos com suspeitas de roubos. Desta forma, é possível enviar as viaturas policiais para os locais das ocorrências.
“O cão-robô possui câmeras com algoritmos de reconhecimento facial que transmitem imagens em tempo real para a central de monitoramento do programa Smart Sampa, sendo capazes de localizar pessoas desaparecidas e foragidas da Justiça, assim como veículos com suspeitas de roubos”, afirma a Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
O robozinho pesa cerca de 15 quilos, tem dimensões de 70x31x40 centímetros em pé e 76x31x20 centímetros agachado. Conta com três câmeras instaladas no dorso, na frente e na parte inferior, que captam imagens em 360º, além de autonomia de até duas horas com carga completa.
“Temos trabalho territorial e ações específicas em que precisamos de um apoio tecnológico junto com a Guarda Civil Metropolitana em campo.”, disse Junior Fagotti, secretário adjunto de Segurança Urbana da cidade.
A cidade tem uma unidade do equipamento, que é do fabricante Unitree, e está em fase de testes no âmbito do Smart Sampa sem custos à secretaria.
“No meio de uma operação, ele pode trazer uma informação de forma mais rápida, permitindo que os agentes tenham maior poder de tomada de decisões”, afirma Fagotti.
Mas o novo secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, não pretende instalar câmeras corporais nas fardas dos GCMs - segundo ele, não há necessidade da bodycam na corporação por cumprir uma função de guarda patrimonial. Especialistas apontam o uso dessa tecnologia como uma estratégia para coibir abusos e diminuir os casos de violência praticados pelos agentes.