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Veículo com carga radioativa é alvo de roubo em São Paulo

Comissão Nacional de Energia Nuclear informa que material estava sob blindagem, mas alerta para o risco de manipulação

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Foto do author Marcio Dolzan
Atualização:

Um veículo que transportava material radioativo foi roubado na cidade de São Paulo na segunda-feira, 1º. O caso foi divulgado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que alertou a população sobre os riscos de contato com o material.

De acordo com a CNEN, o material radioativo está acondicionado em embalagens de chumbo, que são seguras e blindam qualquer risco de radiação. “No entanto, a manipulação inadequada pode vir a causar danos à saúde”, destaca a comissão.

CNEN informou que material radioativo furtado com o veículo está acondicionado em embalagens de chumbo que o blindam e evitam qualquer irradiação para o ambiente. Foto: CNEN/Divulgação

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Segundo o órgão, no momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante.

A CNEN também pediu que quem encontrar o material entre em contato e informe a polícia. Os telefones indicados pela CNEN são o (21) 98368-0734 e (21) 98368-0763.

O órgão é responsável por fiscalizar as atividades que envolvam a exploração do mineral radioativo no País. A comissão mantém atividades de pesquisa ligadas a diversos setores, como geração de energia, medicina nuclear e aplicação na indústria.

Césio em Goiânia deixou 4 mortos em 1987

Em 13 de setembro de 1987, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. Quatro morreram, e o acidente radiológico é considerado um dos maiores do mundo até hoje.

O caso aconteceu quando os catadores de lixo Roberto dos Santos e Wagner Mota encontraram uma cápsula com césio 137, que fazia parte do aparelho. No ferro-velho, os funcionários se encantaram com o pó de brilho intenso.

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Parentes e amigos passaram a visitar o local para ver a descoberta. Além dos quatro mortos, quem teve contato direto com a substância adoeceu.

Como a meia-vida física do césio é de cerca de 33 anos, diversos locais, especificamente naqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia, ficaram contaminados por décadas. Centenas de pessoas ainda são monitoradas pelo Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara), da Secretaria de Saúde de Goiás.

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