O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), pré-candidato à reeleição, afirmou que o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, será julgado como um assassino e não como um PM. A tendência, segundo Garcia, é que Velozo seja expulso da corporação, pedido feito no último domingo, 14, pela mãe do atleta, Fátima Lo, pelas redes sociais.
"O policial está preso, já abrimos um procedimento disciplinar, o salário dele já está suspenso e não tenho nenhuma dúvida que vai terminar o processo disciplinar com a expulsão dele que não é policial, é assassino", afirmou Garcia, em sabatina do Valor, O Globo e CBN, na manhã desta segunda-feira, 15.
Ele enfatiza que a conduta do policial não representa "o esforço de treinamento e de profissionalização" da Polícia Militar de São Paulo. "Ele é um assassino e vai ser tratado como assassino, não como um policial militar", completa Garcia. O governador ainda afirma que não pode interferir no processo disciplinar, mas que ele deve correr "rapidamente", para que haja uma punição.
O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, de 33 anos, foi baleado na cabeça durante um show de pagode no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo, na madrugada do dia 7 de agosto. O atleta foi atingido após um desentendimento com o PM, que estava de folga.
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