
Recém-empossado, o novo subprefeito da Sé, Coronel Marcelo Vieira Salles (PSD), avalia que o centro de São Paulo hoje está mais limpo do que há dois anos, quando ele encerrou sua primeira passagem pelo cargo. Por dia, cerca de 682 toneladas de lixo são retiradas da região, mas há queixas de parte dos moradores e frequentadores do centro sobre a zeladoria.
A ideia, afirma, é dar continuidade ao trabalho de seu antecessor, Coronel Alvaro Camilo, que, assim como Salles, também é ex-comandante geral da Polícia Militar.
“Não tenho dúvida que melhorou (a limpeza do centro)”, diz ao Estadão, em sua primeira entrevista após retornar ao gabinete no 8º andar do prédio na Rua Álvares Penteado, no Centro Histórico. Nas paredes, estão imagens de cartões-postais da cidade, como o Vale do Anhangabaú, e um quadro com a foto do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Além da zeladoria, a região central tem os desafios da segurança – como roubos e furtos de celular – e da assistência social, com o aumento dos moradores de rua após a pandemia e o espelhamento dos usuários de drogas da Cracolândia.
Salles prevê intensificar a “prevenção primária”, para tornar a região mais segura, e reforçar o diálogo com entidades que atuam com distribuição de comida no centro para evitar o espalhamento de lixo. “Não é proibido distribuir comida, mas temos de organizar essa distribuição”, afirma.
O novo subprefeito também pretende continuar com a remoção de barracas da população de rua no centro, medida que era defendida por Camilo e que chegou a ser barrada por liminar na Justiça após ser alvo de críticas.
“A norma municipal prevê que as pessoas em situação de vulnerabilidade possam montar a sua barraca, porém, em determinados horários, das 18 horas até as 7 horas da manhã”, afirma. Segundo ele, o recolhimento nos demais horários ocorre para que outras pessoas não tenham limitação no uso do espaço público.
Leia também
Como mostrou o Estadão, o Coronel Salles, como é conhecido, assume após não se reeleger para vereador em 2024. Conforme interlocutores da Prefeitura, a troca se dá em razão de compromisso firmado pelo prefeito com Salles. Ainda não está definido se o Coronel Camilo assumirá outro cargo na Prefeitura.
Salles, de 58 anos, é filiado ao PSD, partido de Gilberto Kassab, secretário de Governo da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). É graduado, mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, bacharel em Direito e diplomado em Política e Estratégia.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
Qual será a prioridade nessa nova gestão na subprefeitura da Sé?
Trabalhar pelas pessoas. São Paulo tem mais de 12 milhões de habitantes, quase 500 mil na área da subprefeitura da Sé. A população flutuante aqui é de 2 milhões de pessoas, que trabalham, estudam, recorrem ao centro nos vários modais. De bicicleta, metrô, trem, a pé. Esse é o objetivo: ter condições de receber as pessoas e aqueles que moram, podendo proporcionar o que merecem e requerem. Limpeza pública, espaços públicos utilizáveis, praças públicas, apoiar a segurança pública por meio da prevenção primária.
O senhor já esteve à frente da subprefeitura da Sé, de 2021 a 2023. Essa é a primeira gestão completamente fora da pandemia. Para o senhor, hoje o centro está mais limpo do que naquela época?
Está mais limpo do que naquela época. O Coronel Camilo fez um trabalho importante, conseguiu aprimorar ações que já havíamos dado início. O número de equipes que atuavam no centro foi aumentado. Para atender toda a demanda, de 26 km², com todos os detalhes e desafios da subprefeitura, era necessário incremento das estruturas. O orçamento em 2022 era de R$ 100 milhões. Ano passado foram R$ 177 milhões.
Não tenho dúvida que melhorou (a limpeza no centro). Onde puder reforçar as excelentes ações que ele fez na Praça da Sé, no Patriarca, em toda a área da subprefeitura, vamos continuar. E aprimorar onde houver necessidade, onde o prefeito considerar importante.
Há dois anos, o enfoque foi a zeladoria do centro e a remoção de barraca de população de rua para alcançar esse fim. Isso continua sendo importante? Pretende continuar retirando barracas?
Retirar as barracas é ação prevista, regulada por decreto, para disciplinar o uso da cidade. Uma das atribuições da subprefeitura é ordenar o território. A norma municipal prevê que pessoas em situação de vulnerabilidade possam montar a sua barraca, mas em determinados horários, das 18h até as 7h da manhã, para que as outras pessoas que utilizam os espaços públicos, as calçadas, possam passar, e evitar acidentes. Às vezes tem de desviar da barraca para passar na ciclovia.
Quando fala-se de ordem urbana, de prevenção primária, não há como dissociar da zeladoria. Diariamente, são recolhidas na área da subprefeitura da Sé 682 toneladas de lixo. É muita coisa. Nas cenas abertas de uso (de drogas, na Cracolândia), nos Campos Elíseos, mais de 100 toneladas (são recolhidas). Quando limpa, ilumina e cuida, a percepção de segurança, além do policiamento, da atuação da Guarda Civil e do Smart Sampa (programa municipal de câmeras de monitoramento), consegue inferir uma sensação de tranquilidade.
Segurança é ausência de medo. A subprefeitura tem condição de contribuir com segurança, zeladoria, ordem pública e respeito às pessoas, às normas. A pessoa não está na rua porque quer, não é opção dela, há uma situação que a levou para isso. E temos programas sólidos da Prefeitura, na assistência social. O mais novo deles é o Reencontro, que consegue acomodar essas pessoas e ter esse olhar humano.
A remoção de lonas e barracas teria a função de também facilitar o combate ao tráfico de drogas?
Recebi, por exemplo, um vídeo de um dono de uma academia no centro, pedindo para ajudá-lo. Em frente à academia dele, a partir das 17h, começam a fazer distribuição de comida. Não é proibido distribuir comida, mas temos de organizar. Ele relatou: ‘uma fila com 200 pessoas’. Isso, em alguma medida, atrapalha o acesso. Especificamente na área que ele falou, a organização, talvez por falta de orientação, não cuida dos resíduos. É importante doar, mas também que recolha, por exemplo, a capa de alumínio de marmitex. Lá tem uma situação degradada. Ele investiu, dá emprego, colocou recursos, e, em alguma medida, pede socorro para o município. Já pedi a um representante da subprefeitura conversar com ele e esperar a ONG para conversar.

Como enxerga as iniciativas de distribuição de comidas no centro?
A caridade é um predicado do ser humano. Mas precisa ser com ordem, porque senão corre risco grande. Quando fui subprefeito pela primeira vez, o padre (Luiz Eduardo) Baronto, da Catedral da Sé, nos procurou por conta do número de baratas na escadaria. As pessoas comiam e às vezes jogavam resto de comida por lá. Começa a ter problema de saúde pública. Pedi à Vigilância Sanitária, conversamos com as ONGs e conseguimos reordenar.
Mas, no caso da distribuição de comida, como é em espaço público, a própria Prefeitura entra com o serviço de limpeza depois da distribuição?
Sim. O problema é o seguinte: quando você se dispõe a fazer a caridade, entregar (marmita), tem de pensar no pós da distribuição. A pessoa em situação de vulnerabilidade às vezes bebeu, tomou remédio... E às vezes as pessoas insistem em querer medir essas pessoas em vulnerabilidade com a régua de uma pessoa que tem as três refeições, dorme regularmente, tem cobertor. É diferente. O papel do Estado é socorrer com políticas públicas possíveis, dentro da legislação, e com espírito público. Estamos no caminho certo, mas as pessoas que distribuem têm de ser responsáveis, ao final da distribuição, por aquela repercussão, para que a pessoa que tem comércio, que mora ali, não sofra o impacto de uma ação tão bonita. O Coronel Camilo estava dialogando bem com eles, e vamos continuar com isso. Algumas (entidades) têm recebido bem, outras não, alguns são céticos.
Houve maior espalhamento da Cracolândia e focos de usuários de drogas embaixo do Minhocão e em outros pontos do centro. Essa configuração facilita o atendimento? E como vai trabalhar em relação ao aumento da população de rua?
Quando você atua, eles eventualmente migram para outras áreas, mas tivemos aumento gigantesco de atendimentos no projeto Reencontro, e também em relação aos usuários. Às vezes as pessoas confundem. São dois grupos distintos: há as pessoas em situação de vulnerabilidade, que perderam tudo, às vezes numa desilusão amorosa, e os outros que são dependentes de álcool e outras drogas, de substâncias químicas. Em algum momento eles podem coincidir, mas são grupos distintos e para os quais precisa adotar medidas distintas.
Quando fala dos dependentes de crack, nas cenas abertas de uso, hoje tem uma ação mais integrada. Há a segurança pública, por meio da Polícia Militar, da Polícia Civil, num grupo de trabalho formado pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, pelo vice-prefeito, e órgãos do Estado e do município, ao lado, tentando dar a melhor solução.
Quando fala-se de atuação nas cenas abertas de uso, uma ação sinérgica da segurança pública é prender o traficante. Não há de se ter nenhum tipo de mesura com aquele que lucra com o vício.
Primeiro, segurança: prender o traficante. Depois, saúde: cuidar da saúde dessas pessoas. Terceiro: acolher, seja em comunidades terapêuticas, seja nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), seja no Hub do governo do Estado, ao lado do (Parque) Jardim da Luz, perto da (rua) José Paulino. O último é a reinserção: seja de maneira lúdica, seja de maneira laboral, com programas da Secretaria do Trabalho. E a subprefeitura dá todo o suporte para que, na zeladoria, na limpeza das áreas de uso, nas interdições de eventuais estabelecimentos comerciais que desviam da sua finalidade, como uma hospedaria cujo objetivo é acolher um turista, mas utiliza aquilo como “área vip” de consumo de drogas.

Com relação às pessoas em vulnerabilidade, algumas famílias inteiras estão sendo acolhidas. Ocorre que algumas pessoas não querem sair da rua. Hoje (quinta-feira, 27) eram 7 horas e eu estava nos baixios do Minhocão, conversei com um senhor cadeirante e ele disse: “não quero sair daqui. Recebo doações, converso com muita gente”. Eu falei: “mas não quer que a gente te acolha? Tem programas importantes”. Ele ficou meu amigo, mas não consegui demovê-lo.
Mas isso não diz respeito, por vezes, às limitações dos próprios abrigos, de em alguns casos não receberem pets ou famílias inteiras, por exemplo?
Acho que não. É lógico que (o acolhimento) pode ser aperfeiçoado. Temos estruturas sólidas dos abrigos que recebem as pessoas, mas essa minha ação, além de olhar a zeladoria, é também de cidadão, de uma pessoa que pode fazer uma interface com a assistência social. Talvez eles tenham formas, até com pessoas com formação acadêmica em Assistência Social, para convencer. Com relação aos abrigos, também já há estruturas preparadas para receber pets e a população LGBTQIA+ em vulnerabilidade, com estruturas próprias, respeitando. É importantíssimo que o município esteja integrado com o mundo real.
Como lidar com famílias que não querem sair? Manter as barracas não é uma medida paliativa para quem não quer acolhimento imediato?
São raras as vezes em que você recolhe. Eles também conhecem a norma. Quando o servidor da subprefeitura pede para que desmonte, baseado neste decreto, são raras as vezes que me lembro de ter recusa. Eles até já têm o “esqueminha”: colocam numa sacola de supermercado, às vezes num carrinho, às vezes vão para outro lugar, e depois voltam.
O senhor assume a subprefeitura em um momento de queda de roubos e furtos no centro. Mas, ainda assim, os crimes patrimoniais continuam centrais para se tratar, por uma série de dinâmicas, como atuação de gangues quebra-vidro, de bicicleta etc. Além disso, o STF decidiu que as guardas civis podem atuar com o policiamento ostensivo. Vai dar mais enfoque à segurança pública?
Sim. A gente consegue contribuir com a segurança pública, na Prefeitura, por meio da subprefeitura e de outros órgãos, como o Ilume, responsável pela iluminação. Há a prevenção primária, conceito da saúde trazido para a segurança pública. Na prevenção primária da saúde, falamos de check-up, tomar vacinas, não ingerir álcool. Na segurança, a prevenção primária é ter praça com grama aparada e limpa, ruas iluminadas, lixo retirado. Segurança pública não é só polícia. Polícia ostensiva é a face que aparece da segurança pública, mas é uma área com vários componentes. Entre eles, a prevenção primária feita pelo município, que dá a maior contribuição com esse marco, o Smart Sampa. Muito criticado no início, ficou no Tribunal de Contas quase um ano sendo avaliado, mas hoje é um sucesso. Temos mais de 2 mil pessoas presas, diminuição de furtos e roubos na área central. Teremos reunião com o secretário (da Segurança Urbana) Orlando Morando, para que o Smart Sampa possa nos ajudar também na zeladoria. Se tem um ponto viciado, uma caçamba de lixo ou entulho, o Smart Sampa pode nos ajudar. Hoje mesmo, quando andei debaixo do Minhocão, havia telhas de amianto jogadas. Nossa subprefeitura foi lá e deu o encaminhamento adequado para o resíduo de obra. Há mais de 70 ecopontos disponíveis para descarte regular desse material.
Ainda com a redução de roubos e furtos no centro, moradores apontam aumento na sensação de insegurança não só na região, mas em bairros próximos. Isso não só pelo espalhamento da Cracolândia, mas também por dinâmicas de transferência bancária após o roubo do celular, que aumentam o prejuízo. E as investigações indicam muitos pontos de receptação no centro, como na Rua dos Guaianases. Como ajudar no combate a essa cadeia?
Teremos reunião já na semana que vem com o novo delegado seccional, para falar um pouco mais detalhadamente das ações em que a Polícia Civil pode nos ajudar. Às vezes, ferros-velhos que compram materiais produtos de furto. Fui (enquanto vereador) o proponente, o relator da CPI dos furtos de fios e cabos. Há um mercado perverso nisso aí. A gente fala às vezes do furtador, mas há também o receptador.
De toda forma, contra números, existem poucos argumentos. O número de furtos e roubos na região central caiu drasticamente. A Polícia Militar, a Polícia Civil e a Guarda Civil possuem estruturas e estratégias de dirigir os seus esforços operacionais, de viaturas, motocicletas. Na Rua do Glicério, há base da Polícia Militar, viatura da Polícia Civil. E agora tem a possibilidade da Guarda, que já fazia essa atuação na cidade, que foi sacramentada pelo Supremo Tribunal Federal.
Além do senhor, houve a nomeação do Coronel Telhada, ex-comandante da Rota, para a subprefeitura da Lapa. A ideia é ter operações conjuntas com outras subprefeituras?
Sim. Da outra vez, quando eu era subprefeito, o Coronel (Danilo) Antão era subprefeito da Mooca e fazíamos ações de zeladoria nas divisas. Somos limítrofes com a subprefeitura da Mooca na Avenida do Estado e na Cruzeiro do Sul, por exemplo.
Recentemente, vimos fortes chuvas em São Paulo. Em um só dia no começo do mês houve a queda de mais de 300 árvores na cidade, incluindo uma das mais antigas, no Largo do Arouche, e a morte de uma pessoa na região. Como evitar que isso se repita?
Podemos falar sob vários olhares. A árvore é viva, e tem um ciclo de vida, não é eterna. É lógico que, com eventos climáticos tão severos que temos não só em São Paulo – no Rio Grande do Sul, houve demonstração clara – é preciso estar atento. A Prefeitura, há alguns anos, criou a secretaria climática. Temos, só na área da subprefeitura da Sé, que vai da Avenida Paulista até a Marginal Tietê e da Avenida Pacaembu à Cruzeiro do Sul, esse quadrilátero de 26 km². Possui 56 mil árvores só nas áreas externas catalogadas, como ruas e praças. Na Sé, foi criada uma estrutura chamada planejamento arbóreo, onde identificamos, “laudamos” e georreferenciamos essas árvores. Fomos do complexo até as mais simples, e fizemos podas nas árvores de mais idade. Mas esse problema mais recente foi muito atípico.
Isso implica em uma intensificação das medidas?
Não tenha dúvidas. Continuamos com esse mapeamento, georreferenciamento. Vamos aproveitar que estamos saindo do verão e fazer podas de equilíbrio. Em novembro de 2023, caiu a rede elétrica, pessoas ficaram uma semana sem luz, mas na subprefeitura da Sé, que tem quantidade razoável de árvores, houve poucos eventos. Vale dizer que é uma região com vários locais com fios enterrados também, o que é um avanço, e deve avançar a longo prazo.
Na prática, vai aumentar algum efetivo na área?
Hoje temos 13 equipes e o objetivo é aumentar para 18 equipes.
Um dos motivos da escolha pelo senhor é ter um perfil de ir mais à rua. A ideia é ter atuação mais enérgica?
O prefeito tem uma série de objetivos e disse que, neste momento, precisava desse meu perfil, para dialogar com outras instituições, falar com as pessoas. Eu me qualifico como de centro-direita, apesar de saber do estereótipo de coronel. Recebi umas seis ligações de vereadores da esquerda que ficaram contentes (com a nomeação), dizendo: “coronel, quero sugerir tal coisa”. Eu disse: “venham aqui, vamos falar”. Acredito no diálogo. O centro tem vários atores: não só moradores, mas associações, entidades da sociedade civil organizada, sindicatos, conselhos, Consegs (conselhos de segurança), conselho participativo, servidores, prefeito, tem todos os vereadores aqui, e todas as secretarias são na área da Sé.
Pretende se candidatar a deputado estadual ou a algum outro cargo público novamente?
Eleição só se fala em ano par. O objetivo é acompanhar o prefeito nesse governo, trabalhar na subprefeitura para melhorar a vida na cidade. Não há como ter um compromisso desse para depois sair candidato a deputado.
O senhor mora no Tatuapé, mas, como trabalhador e frequentador do centro, o que espera ver de diferente ao fim da sua gestão?
Que a gente diminua esse ceticismo em relação ao centro. Pessoas, por vezes, criticam o centro, mas dizem que faz tempo que não o frequentam. Fica um estereótipo. Venham olhar aqui. Hoje nós temos, só nessa área, 1,5 mil policiais da Operação Delegada. Eram 400. Além de 500 guardas-civis. Em todas as 14 entradas e saídas do triângulo histórico há uma dupla de policiais ou guardas. Bem como nas esquinas, no quadrilátero da República, no Anhangabaú, no Largo do Arouche, nas cenas abertas de uso (de drogas). O centro está mais seguro, e meu papel é dar mais continuidade a esse trabalho, aprimorar o que tem que ser aprimorado para, ao fim e ao cabo do mandato, poder olhar para trás e falar “trabalhamos com seriedade, espírito público e melhoramos o território”.