Parte das ruas do centro de São Paulo está sem energia elétrica desde a noite de quinta-feira, 12, em razão de uma falha na rede. A falta de luz atingiu trechos de vias da região da Bela Vista, por volta das 21 horas. Conforme a última atualização da Enel Distribuição São Paulo, o fornecimento foi restabelecido para 97% dos clientes afetados. Equipes ainda trabalham no local na tarde desta sexta-feira, 13.
“Dada a complexidade do trabalho em rede subterrânea, a companhia também vai instalar alguns geradores no local enquanto os técnicos trabalham na solução definitiva da ocorrência.
Além disso, segundo a Enel, foram mobilizados 21 geradores de stand-by e há quatro equipamentos no local neste momento
“Clientes foram afetados por uma falha na rede que foi registrada em algumas ruas da região central da capital paulista. Técnicos da companhia seguem trabalhando para restabelecer o fornecimento em definitivo para todos os clientes o mais brevemente possível”, diz a companhia.
No momento, as equipes trabalham para restabelecer a energia nas imediações das ruas Japurá, Santo Amaro e Treze de Maio.
Há dez dias, ao menos 500 lojistas da Rua 25 de Março, no famoso centro comercial de São Paulo, enfrentaram transtornos em razão da falta de energia elétrica. Na ocasião, a Enel disse que atuou no local para concluir os reparos na rede subterrânea.
Nessa quinta-feira, 12, a Enel apresentou um plano de R$ 20 bilhões de investimentos na rede elétrica, o que inclui modernização da rede, aumento do número de funcionários e ampliação da poda de árvores. Especialistas apontam que, com o agravamento da crise climática, a sobrecarga de redes de fornecimento de energia e quedas de árvore que provoquem apagões serão cada vez mais frequentes.
Em casos de falta de energia em serviços essenciais, a companhia afirmou que terá uma frota de cerca de 900 equipamentos, como geradores e subestações móveis, preparadas para abastecer clientes críticos quando necessário, até que a energia seja restabelecida com segurança.
A empresa, no entanto, não cita proposta de enterramento de fios, medida apontada por especialistas como efetiva para reduzir apagões decorrentes de queda de galhos ou de árvores. A solução é considerada cara e falta consenso sobre quem seria responsável por pagar pela criação da rede subterrânea -poder público, concessionárias de energia elétrica ou empresas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, durante evento da Enel, que, após os episódios de falta de energia elétrica na cidade de São Paulo, a concessionária está em “estágio probatório” e precisará mostrar, após o verão 2024-2025, que realizou as melhorias no serviço que a empresa se comprometeu.
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