Chuvas fazem Sistema Cantareira atingir maior nível de água em mais de 10 anos

O sistema que tem, atualmente, 70,4% de volume operacional, chegou ao índice pela última vez em 22 de agosto de 2012; Sabesp, no entanto, reforça a importância do consumo consciente de água

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Foto do author Renata Okumura
Atualização:

Responsável pelo abastecimento de ao menos 7 milhões de pessoas na Grande São Paulo, o Sistema Cantareira está operando com o maior volume de água registrado em quase 11 anos. O sistema que tem, atualmente, 70,4% de volume operacional, atingiu 70% pela última vez em 22 de agosto de 2012, de acordo informações atualizadas nesta quinta-feira, 2, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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“As chuvas recentes e a gestão integrada do sistema metropolitano têm refletido positivamente nos níveis dos reservatórios. A companhia orienta, no entanto, o uso consciente da água em qualquer época, independentemente dos níveis”, disse a companhia.

A região metropolitana de São Paulo é abastecida pelo Sistema Integrado Metropolitano, composto por 7 mananciais (entre eles o Cantareira), sendo possível abastecer áreas diferentes da cidade com mais de um sistema, conforme a necessidade. Neste momento, o sistema opera com 74,5% de volume total. Em fevereiro, ele registrou chuvas 30% superiores à média histórica do mês, segundo a Sabesp. Confira aqui mais atualizações.

O Sistema Cantareira está operando com o maior volume de água registrado nos últimos 11 anos. Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Tendência de mais chuva nos primeiros dias de março no Sistema Cantareira

Conforme a Climatempo, neste verão choveu bastante no Sistema Cantareira, com registro de 622,5 milímetros, índice bem perto da sua climatologia da estação, que é de 674,8 milímetros.

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“Também está sendo o verão mais chuvoso em três anos, desde o verão de 2019/2020 quando foram apurados 636 milímetros. Mas ressalta-se que desde o verão de 2015/2016 a chuva não fica acima da média nesta época do ano, quando foram registrados 732,5 milímetros”, afirmou a empresa de meteorologia.

Já os verões mais secos, com base em dados da Sabesp, foram de 2013/2014, com apenas 334,3 milímetros, e de 2011/2012, com 484,1 milímetros no verão. “Entre o fim de 2014 e início de 2015, o sistema chegou a registrar -24,3%, em 2 de fevereiro de 2015 para ser exato, ficando no volume morto, o que provocou a adoção de medidas emergenciais para o controle do consumo de água na cidade de São Paulo”, afirmou.

A chuva deve permanecer no Sistema Cantareira nos próximos dias, devendo ganhar força ainda no fim desta semana. Há possibilidade ainda de se estender até a semana que vem.

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