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Com mais estudo, bandido aprimora ação

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Por Redação

Se a educação melhorou em São Paulo, aqueles que optam pela carreira do crime também se beneficiaram com os anos a mais de estudo. Essa nova categoria de criminosos, mais educada e avessa ao risco, passou a migrar para o estelionato e furto, que garantem penas mais leves e geralmente livram o condenado do regime fechado.Atualmente, segundo estimativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), de cada R$ 100 roubados ou furtados em bancos no País, R$ 95 são por meio de fraudes eletrônicas. Apenas R$ 5 são presenciais, onde o ladrão usa a força física para dominar funcionários ou destruir caixas eletrônicos.A própria dificuldade em identificar os autores desse tipo de crime e a impunidade estimulam as ações. O delegado Ronaldo Tossunian, da Delegacia de Crimes Eletrônicos da Polícia Civil de São Paulo, admite a dificuldade e afirma que vem tentando conversar com os bancos para definir estratégias.Tossunian calcula que já abriu cerca de mil inquéritos para investigar crimes patrimoniais eletrônicos, mas ainda não conseguiu identificar os mentores desse tipo de fraudes. A tecnologia permite que as fraudes sejam praticadas de computadores cuja localização é impossível de identificar.Há desde os golpes simples, no qual o estelionatário se passa por funcionário de banco e pega os dados da conta e senha por telefone, até os mais sofisticados, como os ransomware. Nesse último, os arquivos de uma empresa são criptografados e ficam inacessíveis. O estelionatário passa então a chantagear o empresário para obter a senha que lhe permite reler os dados. "Já registramos três ocorrências desse tipo em São Paulo", diz.Campanha. O coordenador de prevenção da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços, Henrique Takaki, avalia que a instalação de chips em cartões já está provocando migração nas fraudes. "Cada vez mais elas ocorrem pela internet, com uso de software vendidos em ambulantes. As pessoas caem facilmente nesses golpes e campanhas educativas deveriam ser feitas para alertar a população", diz. / B.P.M.

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