Texto atualizado às 19h15 de 03/04/15.
Após ser velado no Hospital Israelita Albert Einstein, o corpo do filho mais novo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues Alckmin, de 31 anos, foi levado para a cidade de Pindamonhangaba para ser enterrado. Thomaz morreu na queda de um helicóptero, na tarde dessa quinta-feira, 2, na Grande São Paulo.
O sepultamento atrasou porque a família esperava pela chegada da filha mais velha de Thomaz, Isabella, de 10 anos, que vive na Noruega com a mãe.
Velório. Durante essa sexta, diversas autoridades e amigos da família compareceram ao velório para prestar condolências. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi acompanhada dos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT). Dilma veio a São Paulo de Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e desembarcou na Base Aérea de Congonhas, na zona sul da capital. A comitiva chegou ao hospital de carro, por uma conexão direta com o Palácio dos Bandeirantes.
O senador José Serra (PSDB) chegou ao hospital onde o corpo era velado pouco antes do meio dia. Ele acompanhou algumas das orações e saiu vinte minutos depois. O secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy (PT), também esteve presente na cerimônia e lamentou a perda. "Todos nós, paulistas e brasileiros, estamos sentindo essa perda", afirmou. "Eu que tenho três filhos, fiquei pensando como seria perder um dos meus filhos queridos", acrescentou o ex-senador.
O músico Ronnie Von, amigo da família Alckmin, também esteve no velório. Segundo ele, que é aviador, a pane que pode ter causado a queda do helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo, "não existe". Comovido, ele disse estar "com muita pena da família". "É uma dor insuportável. Geraldo e Lu são muito religiosos, e na Sexta Feira Santa ninguém merece uma dor como essa."
Também compareceram ao velório o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o vice-governador de SP, Márcio França, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o ex-deputado federal, Walter Feldman, os secretários estaduais de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, da Casa Militar, José Roberto Oliveira, e da Saúde, David Uip, o deputado estadual Carlos Alberto Bezerra Jr (PSDB), o empresário João Dória, o ex-governador Cláudio Lembo (PSD), o deputado federal Celso Russomano (PRB), entre outros.
Foi o governador Geraldo Alckmin quem fez o reconhecimento do corpo de Thomaz. O Instituto Médico Legal (IML) liberou o corpo para os familiares por volta da 1h15 desta madrugada. O governador ainda foi para o hospital e recebeu o caixão de Thomaz. A primeira-dama do Estado, Lu Alckmin chegou depois.
Acidente. Além de Thomaz, estavam no aparelho o piloto e três mecânicos. Ninguém sobreviveu. O acidente ocorreu às 17h10, em um condomínio do município de Carapicuíba, na altura do km 26 da Rodovia Castelo Branco. A aeronave chegou a atingir duas casas – uma pronta, outra em construção –, mas ninguém em solo ficou ferido.
O helicóptero pertencia à Seripatri Participações, empresa de investimentos de José Seripieri Jr., fundador da Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos. Morreram ainda no local o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e o mecânico Paulo Henrique Moraes, de 42, ambos da Seripatri, além de Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34, mecânicos da Helipark, empresa de manutenção.
O acidente ocorreu durante um voo de teste, após o helicóptero passar pela manutenção preventiva – a Helipark mantém uma oficina localizada muito próximo do condomínio onde ocorreu a queda. A Aeronáutica já iniciou as investigações. Segundo testemunhas, havia faíscas no aparelho, quando ocorreu o acidente.
Formado em Administração de Empresas, Thomaz tinha 31 anos e era piloto de helicóptero. Não estava claro ontem qual era a posição de Thomaz na aeronave. A assessoria da empresa informou que não há espaço para copiloto na cabine de comando. A Seripatri também divulgou nota na qual afirmou que o piloto tinha “30 anos de experiência” de voo.
O helicóptero. Modelo Eurocopter, ECC 155B1, prefixo PPLLS – apresentava cerca de 4 anos de uso, 600 horas de voo e estava com “documentação e manutenção rigorosamente em ordem”. Na nota, a Seripatri afirmou ainda que “neste momento de luto e enorme tristeza para todos (...) está prestando toda a assistência necessária aos familiares das vítimas, bem como já destacou profissionais para acompanhar com as autoridades as investigações do acidente”.
Em nota oficial, o governo do Estado de São Paulo lamentou o acidente e prestou solidariedade às vítimas. “Sob o impacto dessa tragédia, a família Alckmin, inconsolável, agradece as manifestações de pesar e carinho e busca conforto na fé que sempre a alimentou.”
A presidente da República, Dilma Rousseff, lamentou o acidente. “Com muito pesar e tristeza, apresento ao governador Geraldo Alckmin e a sua mulher, Maria Lúcia Alckmin, meus sinceros e profundos pêsames pela morte de seu filho Thomaz Alckmin, que estava entre as vítimas do trágico acidente de helicóptero, ocorrido em São Paulo. Presto, neste momento de dor e consternação, minha solidariedade e sentidos pêsames aos pais, familiares e amigos das vítimas.”
RICARDO CHAPOLA, RAFAEL ITALIANI, EDISON VEIGA, JERUSA RODRIGUES, JULIANA RAVELLI, RAFAEL MORAES MOURA, MARILIA MARSCIULO E VICTOR VIEIRA.
Nota da presidente Dilma:
"Com muito pesar e tristeza, apresento ao governador Geraldo Alckmin e à sua esposa, senhora Maria Lúcia Alckmin, meus sinceros e profundos pêsames pela morte de seu filho Thomaz Alckmin, que estava entre as vítimas do trágico acidente de helicóptero, ocorrido em São Paulo.
Presto, neste momento de dor e consternação, minha solidariedade e sentidos pêsames aos pais, familiares e amigos das vítimas.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil"
Nota do governo de São Paulo:
"O governo de São Paulo informa com imenso pesar que Thomaz Rodrigues Alckmin, o caçula dos três filhos do governador Geraldo Alckmin e dona Lu Alckmin, é uma das cinco vítimas da queda do helicóptero EC-155 ocorrida na Grande São Paulo na tarde desta quinta-feira. Thomaz tinha 31 anos e era piloto profissional de aeronave. Ele deixa esposa, Tais, duas filhas, Isabela e Júlia, e os irmãos Sophia e Geraldo Alckmin Neto. Sob impacto desta tragédia, a família Alckmin, inconsolável, agradece as manifestações de pesar e carinho e busca conforto na fé que sempre a alimentou. Seus pensamentos e preces se estendem às famílias das outras vítimas. Informações sobre velório e enterro serão divulgadas oportunamente tão logo sejam definidas."
Nota da empresa Seripatri:
"A Seripatri, com pesar, informa que foram cinco as vítimas do acidente com o helicóptero da empresa, ocorrido na tarde desta quinta-feira, na Grande São Paulo. Além do piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, com mais de 30 anos de experiência, e do mecânico Paulo Henrique Moraes, 42, ambos funcionários da Seripatri, estava também Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Ackmin (SP). Havia ainda outros dois ocupantes: Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34, mecânicos da Helipark, empresa de manutenção. O acidente ocorreu durante voo de teste, após a aeronave passar por manutenção preventiva. O helicóptero, da marca Eurocopter, modelo EC 155, prefixo PPLLS, tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo e estava com sua documentação e manutenção rigorosamente em ordem. Neste momento de luto e enorme tristeza para todos, a Seripatri presta suas condolências a todas as famílias das vítimas."
Nota do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB
"É com profundo pesar que recebemos a confirmação da morte de Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin e de dona Lu Alckmin. Uma perda irreparável para a família e também para nós, amigos.
Em nome do PSDB manifesto a solidariedade de lideranças e militantes de todo o país ao companheiro, à sua esposa e filhos neste momento de grande dor, assim como nosso pesar pelas quatro outras vitimas do acidente."
Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.