Embu das Artes além do artesanato: um passeio do lado de SP para levar as crianças

Espaço na região metropolitana oferece brincadeiras didáticas para crianças de três a doze anos; cidade também tem opções de outlets

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Foto do author Ana Lourenço
Atualização:

“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência”. A frase é frequentemente atribuída Albert Einstein (mas não há confirmação se o físico disse realmente isso). Mas a ideia vem do seguinte fato: esses insetos são responsáveis por mais de 80% da polinização do planeta, além de serem os únicos produtores de mel, alimento com diversos benefícios para a saúde.

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Na tentativa de mostrar a importância das abelhas para a população, em 1980, Wilson Donnini decidiu criar um Parque Ecológico que celebrasse o inseto em Embu das Artes.

“O perigo da extinção surgiu há alguns anos nos Estados Unidos, quando descobriram agrotóxicos que agrediam e tiravam o sentido de localização das abelhas. Elas não voltavam para a colmeia”, conta Donnini. “Nossa esperança é que como as abelhas surgiram no Jurássico e sobreviveram, elas sempre encontrarão caminhos para a sobrevivência.”

Quando seu filho recebeu a indicação do médico de consumir mel, Donnini passou a estudar a história dos animais e do seu produto e decidiu criar a Cidade das Abelhas.

A princípio o espaço contava só com uma lojinha que vendia mel, mas então vieram o apiário, brinquedos temáticos e depois ele havia montado sua própria colmeia. “Apicultores do mundo inteiro nos ajudaram a montar a Cidade das Abelhas, que tem o objetivo de mostrar a importância delas para a natureza e o ser humano”, conta o responsável pelo parque.

Henrique, de 2 anos, não conseguiu aproveitar todas as opções de brincadeiras do parque, mas se divertiu como pôde Foto: Werther Santana/Estadão

O espaço de 100 mil m² fica a 27 km do centro da capital e é um excelente local para brincar, de forma lúdica, entendendo cada detalhe do inseto. A entrada custa R$ 45 para pessoas de três a 60 anos, por isso é bom fazer o passeio sem pressa, deixando que a criançada aproveite cada centímetro do parque.

Na maioria das atrações, há um sensor de presença que, quando acionado, começa a disparar curiosidades e conhecimentos sobre a abelha. As placas espalhadas pelos cantos do parque também contribuem com ainda mais informação.

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Além disso, por ser área de conservação, é possível observar saguis, borboletas e esquilos no caminho. “Tentamos conscientizar as pessoas sobre a questão da preservação da natureza”, afirma Elenice Gomes dos Santos, gerente do parque.

No final, não se esqueça de visitar a lojinha para provar alguns tipos de mel e quem sabe, levar uma lembrança. Há também lanchonete para quem sentir fome.

Depois da visita na Cidade das Abelhas, aproveite a viagem para conhecer Embu das Artes. O trajeto entre o parque e o centro comercial é de cerca de 15 minutos.

Entrada das Cidade das Abelhas, em Embu das Artes Foto: WERTHER

Cidade das artes

Não me lembro se já fiz uma viagem que não incluiu compras em uma feirinha. E mesmo que no fim a gente não compre nada, algo sobre o passeio entre as ruas de paralelepípedo, com o olhar de curiosidade a cada barraca, também torna Embu um passeio especial.

Igreja N. S. do Rosário deu início à vocação artística da cidade Foto: WERTHER

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A vocação artística da cidade teve origem com a construção da Igreja N. S. do Rosário, hoje Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, erguida por padres e indígenas no período colonial. Ali dentro, eles também deram destaque às obras e imagens religiosas feita por eles.

No século 20, alguns artistas até se mudaram para a cidade e ajudaram na construção artística da cidade, mas foi só nos anos 1960, com a chegada de hippies e artistas populares, que a atividade se consolidou.

No chão em frente da tal igreja, artesãos expunham suas artes em panos, dando início ao que hoje é conhecido como Feira de Artes e Artesanato de Embu. Hoje, ela se espalhou por 12 ruas e vielas do centro histórico e reúne mais de 600 expositores. O público varia entre 10 mil e 20 mil pessoas por fim de semana, segundo a prefeitura.

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Embu transpira arte e, prova disso, foi a mudança do seu nome, em 2011, que passou a ter o complemento “das Artes” por escolha de um plebiscito, em consequência da quantidade e qualidade de seus artistas. Além de artes, artesanatos, plantas e comidas, a cidade abriga diversos outlets de roupas com preços mais em conta, como a Q Mais Outlet e a BBBOutlet.

Viela das Lavadeiras é uma rua paralela ao centro cheia de grafites e música Foto: WERTHER

Serviço

  • Cidade das Abelhas

Endereço: Estrada da Ressaca, km 7

Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 16h

Mais informações: www.cidadedasabelhas.com.br

  • Feira das Artes e Artesanatos

Endereço: Centro histórico - Embu das Artes

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Horário de funcionamento: aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h

  • Museu de Arte Sacra dos Jesuítas

Endereço: Largo dos Jesuítas, 67

Horário de funcionamento: de quinta a domingo, das 9h às 12h e das 13h as 17h.

Valor da entrada: R$ 20 (inteira)

  • Q Mais Outlet

Endereço: Av. Elias Yazbek, 2399

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Horário de funcionamento: de segunda a segunda, das 09h às 19h.

Mais informações: www.instagram.com/qmaisoutlet

  • BBB Outlet

Endereço: R. Muni Stemberg, 31 - Vila Carmem

Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 10h30 às 18h30. Domingo das 11h às 17h

Mais informações: www.lojasbbb.com.br

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