A enfermeira e professora universitária Josely Pinto de Moura, mãe do estudante Humberto Moura Fonseca, pediu à Unesp que puna os organizadores da festa em que seu filho morreu, no sábado, em Bauru. Ela pede ainda que a universidade proíba as competições entre alunos com uso de bebidas alcoólicas. “Sei que isso não vai trazer meu filho de volta, mas vai evitar que outras mães passem pelo que estou passando.”
A senhora sabe em que circunstâncias seu filho morreu?
Recebi informações no dia em que estive em Bauru. A polícia e a Unesp me contaram como foi feita a festa, sem alvarás, sem atendimento adequado, e, no hospital, me informaram como foi o atendimento.
E qual é a sua avaliação?
Não posso aceitar ter perdido um filho de uma forma tão besta. Meu filho não teve socorro, não teve atendimento adequado. Caso houvesse socorro adequado, possivelmente meu filho tivesse mais chances de viver.
A senhora tomou alguma providência?
Pedi à vice-reitoria que puna os responsáveis. As universidades precisam responsabilizar os organizadores, proibir esses eventos. Sei que não vai trazer meu filho de volta, mas evitará que outras mães passem pelo que estou passando.
Como a senhora vê esse tipo de situação?
Essas pessoas precisam ser punidas. Elas realizaram esse tipo de competição, essa festa, sem nenhuma condição de socorro, de atendimento às pessoas. Os organizadores cobraram, deveriam estar ganhando dinheiro, por que não colocaram atendimento adequado?
A senhora sabia que seu filho consumia bebida alcoólica?
Ele bebia socialmente, nunca tive nenhum problema. Mas não quero que fique essa imagem, de que meu filho era um beberrão. Pelo contrário, ele era responsável, inteligente, muito estudioso, estudava a semana toda e só saía nos fins de semana.
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