O Expresso Aeroporto, trem que vai até o terminal internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, ficou suspenso e a Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionou de forma intercalada na manhã desta sexta-feira, 22, após um ato de vandalismo no Viaduto General Couto de Magalhães, próximo à Estação Luz, comprometer a rede elétrica das linhas.
Conforme a CPTM, a circulação da Linha 11-Coral foi normalizada às 9h10, enquanto o Expresso Aeroporto voltou a operar normalmente às 14h desta sexta.
As paralisações se deram porque um objeto foi arremessado na rede aérea de energia, causando curto-circuito e o rompimento de um cabo por volta das 7h, segundo a companhia. Nas redes sociais, internautas publicaram vídeos em que foi possível ver os passageiros abandonando um trem da Linha 11-Coral após a linha ficar sem energia por volta deste horário. Chovia no local.
“Os técnicos estão atuando no local para normalizar a circulação. A CPTM pede desculpas aos passageiros”, disse mais cedo a CPTM, em nota enviada à reportagem.
As transferências da Linha 11-Coral para a Linha 3-Vermelha, do Metrô, foram liberadas gratuitamente nas Estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera desde as 7h10, em uma tentativa de minimizar a superlotação da linha. Geralmente, a transferência só é gratuita entre as 10h e as 17h e após as 20h em dias comerciais – aos fins de semana e feriados, a gratuidade vale durante toda a operação.
Por volta das 8h, um problema também afetou a operação da Linha 3-Vermelha, mas a circulação já foi normalizada, de acordo com o Metrô. “Das 8h06 às 8h21, um trem apresentou falha em uma porta na estação Vila Matilde, no sentido Palmeiras-Barra Funda. O carro foi esvaziado e a porta isolada. O trem seguiu viagem em seguida. O Metrô lamenta os transtornos provocados”, disse a companhia.
O viaduto do qual o objeto foi jogado na Estação Luz, comprometendo o funcionamento da Linha 11-Coral, liga as ruas Mauá e José Paulino e já foi ocupado por usuários de drogas da Cracolândia recentemente. Não há informação oficial sobre qual foi o material lançado nos fios elétricos nem sobre quem seria o culpado.
“A CPTM lembra que muitas falhas, que prejudicam milhares de passageiros, ocorrem por vandalismo ou furto de cabos e outros equipamentos fundamentais para a circulação dos trens pelos 196km de vias”, afirmou a CPTM.
“A companhia tem adotado medidas para intensificar a segurança em sua extensão, coibindo estes tipos de crimes, como a inauguração da Central de Monitoramento da Segurança Patrimonial, a aquisição de 160 bodycams, além da parceria com a Polícia Militar (desde 2019) para atuação da Dejem em trens e estações.” /COLABOROU ÍTALO LO RE
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