SÃO PAULO - Dois homens foram presos por guardas-civis metropolitanos após terem sido flagrados furtando pelo menos 32 peças dos jazigos do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na zona oeste da capital. A dupla foi detida transportando os objetos por cima do muro para uma carroça, na esquina da Rua Cardeal Arcoverde com a Avenida Henrique Schaumann, por volta das 23h30 desta terça-feira, 11. Um suspeito fugiu.
A GCM patrulhava a região quando viu Leandro Luís Antão, de 32 anos, e Adriano Ferreira Gomes, de 40, tirando objetos por um muro do cemitério e os colocando em uma carroça. Ao todo, 21 placas de identificação, duas estátuas, seis vasos e três escudos foram apreendidos com os suspeitos. De acordo com os relatos dos guardas-civis, havia uma terceira pessoa envolvida, que estaria dentro do cemitério. Mas o suspeito não foi localizado pela polícia.
A polícia fez uma perícia no local e os objetos foram devolvidos para um representante do cemitério. O caso foi registrado no 14.º Distrito Policial (Pinheiros). Os dois homens detidos vão responder pelo crime de furto qualificado (com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa e mediante concurso de duas ou mais pessoas).
Outros casos. Não é a primeira vez que os cemitérios paulistanos sofrem com a falta de segurança. Em julho, o Estado encontrou mais de 50 túmulos saqueados no Cemitério da Consolação, na região central. Entre os itens furtados estavam portas de jazigos, placas de identificação e adornos feitos de mármore, bronze ou cobre. Até o túmulo do escritor Monteiro Lobato foi violado. A guirlanda e o portão do jazigo foram alguns dos objetos levados pelos ladrões.
Reportagem de agosto mostrou a ocorrência de furtos também nos cemitérios da Vila Alpina, na zona leste, e do Araçá, na zona oeste. Em ambos, a falta de manutenção foi outro problema identificado. Familiares de pessoas enterradas no local disseram fazer a limpeza por contra própria.
Na Vila Alpina, o piso estava tomado por barro e os túmulos e corredores pareciam não passar por serviço de retirada de galhos e folhas secas. No Araçá, uma escadaria lateral estava tomada por mato e lixo. Jazigos sem porta pareciam depósitos de entulhos. Até uma caixa de pizza e uma cueca foram vistos pela reportagem no local.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.